© Getty Images/Fermin Torrano/Anadolu noticiasaominuto.com 01/07/2025
A Rússia assumiu hoje o controlo total da região ucraniana de Lugansk, três anos depois de Vladimir Putin ter enviado milhares de militares para a região, em fevereiro de 2022.
A informação é avançada pela televisão estatal russa e não foi ainda confirmada pelas autoridades ucranianas, avança a Reuters. Também o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, ainda não se pronunciou sobre o assunto.
“O território da República Popular de Lugansk está totalmente livre - a 100%”, afirmou Leonid Pasechnik a esta estação de televisão. O homem, nascido na União Soviética, é um funcionário russo nomeado por Moscovo como chefe da “República Popular de Lugansk”.
Recorde-se que a conquista deste território era um dos objetivos da Rússia quando, a 23 de fevereiro de 2022, decidiu invadir a Ucrânia.
Desde o início do conflito que a Ucrânia defendeu que tanto Lugansk como outros territórios na mira dos russos eram internacionalmente reconhecidos como pertencentes ao país liderado por Volodymyr Zelensky e que as tentativas de Kyiv em apoderar-se deles era ilegal e sem fundamento.
A confirmar-se, Lugansk, que tem uma área de 26.700 km2, é a primeira região ucraniana a ficar totalmente sob o controlo estabelecido das forças russas desde que a Rússia anexou a Crimeia em 2014.
A região tem estado parcialmente sob o controlo dos separatistas apoiados pela Rússia desde 2014. Após o início da guerra em fevereiro de 2022, as forças russas conseguiram ocupar a maior parte da região em poucos meses, mas, na sequência de uma contraofensiva no outono de 2022, os ucranianos conseguiram retomar algumas áreas, recorda o meio Stiri pe surse. Recentemente, os ucranianos apenas controlavam alguns quilómetros quadrados.
A mesma publicação refere que apesar de nenhum fonte oficial do Governo russo se ter ainda pronunciado, isso por norma só acontece pouco depois de as autoridades locais de ocupação anunciarem a conquista, pelo que isso poderá acontecer nas próximas horas.
Para além de Lugansk, Vladimir Putin alega também que as províncias ucranianas de Donetsk, Zaporíjia e Herson são território russo, tal como a península da Crimeia, ocupada ilegalmente em 2014.

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