Por SIC Notícias
Uma grávida de 40 semanas perdeu o bebé depois de ter ido a cinco hospitais em menos de duas semanas. A criança morreu logo após o nascimento.
A mulher com 37 anos, que reside no concelho do Seixal, estava grávida de 40 semanas e queixava-se de dores intensas
Segundo avança o Correio da Manhã, no passado dia 10 de junho, foi encaminhada pelo SNS24 para a urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Setúbal. Terão garantido que o bebé estava bem.
A grávida voltou a sentir dores e seis dias depois foi atendida no Hospital do Barreiro. Monitorizaram o batimento cardíaco do bebé e as contrações uterinas e recebeu indicação para ir para casa.
Três dias depois, ums nova ida à urgência, desta vez no Garcia de Orta, em Almada. Novo CTG e mais uma vez, nada foi identificado.
48 horas depois voltou a sentir-se mal e da Linha Saúde 24 e destas vez foi enviada para o Hospital de Cascais.
Terão dito que não tinham vaga para internamento, mas a mulher recorda que recusou voltar para casa e foi transferida de ambulância para Santa Maria. Foi decidido induzir o parto, mas acabou por ser feita uma cesariana de emergência.
A bebe nasceu com 4 quilos e meio mas com batimentos cardíacos fracos. Apesar das manobras de reanimação, não resistiu.
O que dizem os hospitais?
A SIC questionou os cinco hospitais aos quais a grávida recorreu em menos de duas semanas.
A Unidade Local de Saúde Almada-Seixal confirma que quando a grávida deu entrada na urgência Hospital Garcia de Orta não apresentava critérios clínicos para internamento.
O Hospital de Santa Maria esclarece que as ecografias realizadas durante a gravidez indicavam um feto com crescimento normal" mas que "durante a cesariana foi constatada a existência de um hematoma grande do ligamento largo do útero" que "atrasou a extração do feto" e o bebé não resistiu "ao episódio de baixa oxigenação sofrido nos momentos que antecederam o nascimento".
O Ministério da Saúde refere que a Direção Executiva do SNS "está a averiguar a situação" e que "aguarda pelo desfecho destes processos para atuar em função das respetivas conclusões".
Todos lamentam a morte da criança.
A mãe espera pelo resultado da autópsia para decidir se avança ou não com queixa formal.
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