quinta-feira, 30 de maio de 2024

A Ucrânia reivindicou hoje ter atingido dois navios de patrulha russos na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia no Mar Negro, num ataque com 'drones' navais.

© Reuters
Por Lusa  30/05/24
Kyiv reivindica novo ataque com 'drones' navais na Crimeia
A Ucrânia reivindicou hoje ter atingido dois navios de patrulha russos na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia no Mar Negro, num ataque com 'drones' navais.

Sem comentar o incidente, o Ministério da Defesa russo afirmou ter destruído dois 'drones' navais ucranianos que se dirigiam para a Crimeia durante a noite.

Também afirmou ter neutralizado 13 'drones' aéreos ucranianos perto da Crimeia e sobre a região de Krasnodar, no sul da Rússia.

Uma fonte da defesa ucraniana disse à agência francesa AFP que, durante a noite, "dois barcos de patrulha russos, inicialmente identificados como sendo KS-701 'Tunets', foram atingidos".

Segundo a mesma fonte, o ataque foi realizado com 'drones' navais Magura V5 e ocorreu perto da cidade de Ievpatoria, no oeste da Crimeia, ocupada e anexada pela Rússia em 2014.

A "operação especial" foi concretizada pelo Departamento de Inteligência Militar (GUR), uma estrutura do Ministério da Defesa conhecida por operações ousadas no interior da Rússia e dos territórios ucranianos ocupados, acrescentou a fonte.

Os serviços secretos militares ucranianos partilharam nas redes sociais um pequeno vídeo que mostra um 'drone' naval a explodir com o impacto num barco ancorado.

No relatório diário, o Ministério da Defesa russo não fez qualquer referência aos ataques reivindicados por Kyiv, como habitualmente, dando conta apenas dos ataques que disse ter intercetado.

O exército russo também afirmou que oito mísseis táticos ATACMS foram destruídos pela defesa antiaérea sobre o Mar de Azov, perto da Crimeia.

Num comunicado separado, os serviços de segurança russos (FSB) anunciaram a detenção de quatro indivíduos suspeitos de prepararem atos de sabotagem e terrorismo contra o caminho-de-ferro na Crimeia sob as ordens dos serviços secretos militares ucranianos.

Nos últimos meses, a frota de Moscovo teve de se retirar para o Mar Negro face aos múltiplos ataques de 'drones' e mísseis ucranianos.

Estes sucessos permitiram à Ucrânia afundar ou danificar vários navios russos e reabrir um corredor marítimo para a exportação dos seus cereais.

Ao contrário da marinha, as forças terrestres russas recuperaram a iniciativa em vários pontos da linha da frente na Ucrânia, após uma contraofensiva falhada lançada pela Ucrânia no verão de 2023.

A guerra começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

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