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POR LUSA 11/08/23
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs hoje sanções financeiras a quatro cidadãos membros da administração do Alfa Group, um dos maiores conglomerados empresariais da Rússia, que inclui o maior banco não estatal do país.
Em comunicado, o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, afirmou que as sanções inserem-se nos esforços contínuos para impor restrições à economia da Rússia e aos seus principais agentes, em resposta à invasão da Ucrânia iniciada no ano passado e à guerra em curso.
"As elites russas milionárias devem abandonar a noção de que podem prosseguir os negócios como habitualmente, enquanto o Kremlin [Presidência russa] trava uma guerra contra o povo ucraniano", disse Adeyemo.
Os sancionados pelo Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças) são os cidadãos russos Petr Olegovich Aven, Mikhail Maratovich Fridman, o alemão Borisovich Khan e Alexey Viktorovich Kuzmichev.
Os quatro indivíduos já foram anteriormente sancionados pela Austrália, Canadá, União Europeia (UE), Nova Zelândia e Reino Unido.
Fridman é um dos fundadores do Alfa Group e classificado como um dos magnatas com maior fortuna na Rússia.
O Alfa Group tem interesses no petróleo, gás natural e ainda no setor financeiro.
O Alfa Bank, pertencente ao grupo e considerado o maior banco não estatal da Rússia, foi sancionado pela UE em março de 2022 e Fridman deixou a administração posteriormente, para tentar ajudar o banco a contornar as sanções.
Aven chefiou o Alfa-Bank até março de 2022, mas, tal como Fridman, deixou a administração após as sanções da UE.
As sanções contra os indivíduos bloqueiam o acesso aos seus bens e interesses financeiros nos Estados Unidos da América (EUA).
Adeyemo adiantou que a coligação internacional liderada pelos EUA para apoiar a Ucrânia perante a invasão russa "continuará a responsabilizar aqueles que permitem esta invasão injustificada e não provocada".
Também sancionada hoje foi a União Russa de Industriais e Empresários, envolvida no setor da tecnologia.
Esta entidade terá ajudado a Rússia a neutralizar outras sanções decorrentes da guerra, disse o Departamento do Tesouro.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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