Quando tomamos conhecimento da existência de um dito “Colectivo dos Intelectuais Balantas na Diáspora” em pleno século XXI, começamos a entender de facto as razões de um ataque despropositado e incompreensível contra uma medida puramente administrativa, tomada perante servidores do Estado Guineense que por razões de afinidades étnicas e políticas querem fugir â sua responsabilidade de julgar os que foram mentores e operacionais de uma tentativa de derrube pela força de um regime democrático e constitucional, isto porque os acontecimentos de 1 de Fevereiro levaram ao assassinato de mais de uma dezena de vítimas inocentes, cujas vidas foram ceifadas na sequência de uma clara acção de tentativa de golpe-de-Estado.
Como pode uma organização que se intitula de “Colectivo dos Intelectuais Balantas na Diáspora” falar em leis e princípios éticos quando tudo indica, até pela sua denominação, ser uma organização assente e regido na base de um inaceitável tribalismo, isto porque como indica o nome desse colectivo é um estado de organização tribal que defende que os seres humanos deveriam viver em sociedades pequenas (tribos) ao invés de viver em sociedade, isto porque a sociedade guineense é constituída por mais de 23 grupos étnicos que no seu conjunto são guineenses.
Queremos chamar a atenção deste colectivo tribal, que o tribalismo é a brecha biológica com a qual muitos políticos têm contado há muito tempo: explorando nossos medos e instintos tribais. Alguns exemplos são o nazismo, a Ku Klux Klan, guerras religiosas e a Idade das Trevas e o padrão típico da sua actuação, neste caso concreto reflecte-se nessa sua chamada “Nota de Repúdio”.
Vamos agora colocar algumas questões a esse colectivo tribal, que se auto-intitula de “intelectuais balantas na diáspora”, começando por relembrar que a tentativa de golpe, redundou no assassinato de uma dezena de jovens. Será que os mandantes dessa tentativa e os seus operacionais não devem ser julgados?
Este colectivo tribal na sua famigerada nota confunde alhos com bugalhos, mas em vez de proteger a justiça tenta sorrateira e maldosamente tentar encontrar supostos bodes expiatórios, atribuindo ou insinuando questões que vão desde a interferência nas questões de justiça, como de supostas agressões que nunca existiram de facto, na forma como os pintaram ou inventaram.
O dito colectivo não procurou ao menos analisar os dados que estão ligados aos acontecimentos de 1 de Fevereiro antes de enveredar na defesa de supostos acontecimentos para tentar ludibriar a opinião pública e sorrateiramente tentar incitar terceiros para darem continuidade aos fracassados intentos?
Vamos aos factos:
• O Colectivo tribal já teve tempo ou vontade para ver os mercenários digitais a lançarem a incitarem os militares e a população de Bissau a apoiarem esta falhada tentativa frustrada?
• Será que o Colectivo tribal não viu as fotos publicadas em algumas páginas nas redes sociais, captadas por bloguistas entrincheirados e previamente avisados do que iria suceder nos edifícios?
• Será que estes “intelectuais de meia-tigela e tribalista” não perguntaram aos funcionários o que viram ou escutaram da parte dos assaltantes que febrilmente vasculhavam os edifícios ministeriais do Palácio do Governo, procurando desesperada e raivosamente o Presidente da República com a clara intenção de o assassinar?
Quanto aos problemas que afligem os guineenses, principalmente, a subida galopante dos produtos de primeira necessidade, só podemos convidar o dito “Colectivo de Intelectuais” a empenharem-se mais no melhoramento da sua intelectualidade, porque a sua nota de repúdio deixa muito a desejar…
A guerra entre a Rússia e Ucrânia poder-se-ia invocar como uma das causas conducentes a esta crise, que infelizmente está generalizada à escala mundial. Mas vamos aos factos que também são responsáveis por esta situação.
• Pilhagem dos bens do Estado (FUMPI, Resgate, etc.)
• Desgovernação e pilhagem no tesouro público;
• Incapacidade de recuperação dos empréstimos por acção ineficaz e até conivente das instituições judiciais. Leiam, tribunais;
• Peso excessivo de funcionários públicos que foram “tchokidus” sem terem background para as funções para os quais a política os colocou e cujos reflexos pesaram e muito em matéria salarial;
• Existência de uma administração pesada e obsoleta e incapaz de dar respostas aos imperativos de desenvolvimento, que levaram entre outros ao “afundamento” das nossas regiões;
• A política do “mama taco” praticado por sucessivas administrações governamentais levaram a decadência de sectores chaves como a educação, saúde, infraestruturas, agricultura, fuga de quadros, entre outros males.
Hoje, uma luz acendeu na escuridão que se transformou a Guiné-Bissau e os ratos e ratazanas que grassavam e aniquilavam o Estado Guineense e que colocaram o país num pantanal de drogas, descrédito e de “mama taco”, estão tentando sobreviver, atacando e denegrindo quem corajosa e lucidamente está recuperando e curando o nosso país desses males.
Essa luz chama-se Úmaro Sissoco Embaló, filho humilde saído no meio do seu povo para assumir com coragem e patriotismo o restauro da credibilidade interna e internacional da Guiné-Bissau e em três anos de trabalho os guineenses começam a reparar que o comboio da desgovernação, do tribalismo, dos assassinatos e prisões arbitrárias, da droga, da indisciplina, do roubo e pilhagem, está sendo reconduzido ao trilho e seguindo inexoravelmente rumo ao progresso e bem-estar.
É precisamente isto que os inimigos ou adversários têm medo e estão tentando a todo o custo travar, mas que se torna impossível, porque este regime do General do Povo veio para ficar, respaldado por um ganho de crédito político regional, continental e internacional.
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