sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Diplomacia - Ministério de Negócios Estrangeiros prevê construção de edifício próprio para sede da instituição em 2023


Bissau, 30 Dez 22 (ANG) -  A ministra dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades revelou, quinta-feira, que o ministério que dirige perspetiva a construção de um  edifício  de três pisos, logo no início de  2023, que servirá de sede da instituição.

Suzi Carla Barbosa falava aos quatro  órgãos públicos de comunicação social do país,  nomeadamente a Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Jornal Nô Pintcha (JN), a Rádiodifusão  Nacional (RDN) e Televisão da Guiné-Bissau (TGB), em jeito de balanço das actividades desenvolvidas durante  2022.

“No próximo ano, será feita uma construção de raiz de novo edifício que vai albergar o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Isso permitirá agrupar todos os departamentos  afectos ao ministério num só local, uma vez que estam dispersos”, explicou a  ministra.

Suzi Carla Barbosa salientou que a entrada em vigor do acordo de mobilidade da Comunidade dos países de Língua Portuguesa (CPLP), teve um grande”  impacto, na medida em que, todos os  beneficiários de passaportes diplomáticos e de serviço guineense passaram a poder entrar em Portugal sem um visto, evitando assim o recurso à Embaixada para obtenção do visto.

A Governante informou que, ao mesmo tempo, o acordo de mobilidade na CPLP,  prevê um regime especial de atribuição de vistos para os concidadãos guineenses com  passaporte ordinário.

“A Guiné-Bissau deixou de beneficiar de apoio orçamental nos últimos anos, devido a situação de instabilidade política do país. Mas, com a retoma da confiança de alguns parceiros internacionais, a nação guineense voltou a beneficiar desse apoio importante”, disse Suzi  Barbosa.

A ministra referiu que, ao longo do ano 2022, o Ministério de Negócios Estrangeiros  conseguiu assinar vários acordos de apoio institucional ou orçamental com as Repúblicas portuguesa e francesa.

Acrescentou que  a assinatura do Acordo de Apoio Orçamental permitiu que o país beneficiasse de 05 milhões de euros por parte de Portugal, o que diz estar a ser  usado nas áreas de Saúde, Educação e fortificação da democracia.

“Também com a França o país beneficiou igualmente de 05 milhões de euros que permitirão fortificar a democracia guineense, e estão  ser usados  nas áreas prioritárias da Guiné-Bissau”, disse.

Suzi chamou de “Algo Inesperado de 2022”, a assumpção  pelo Chefe de Estado guineense da Presidência rotativa da Conferência de Chefes de Estados e de Governos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), funções pela primeira vez assumida por um chefe de Estado lusófono.

 “No âmbito de cooperação bilateral com a República Popular da China, está sendo reabilitado o edifício que foi o Ministério de Negócios Estrangeiros.Após a  sua  reabilitação, passará a ser um “Salão de Conferências”, para  reuniões internacionais”, referiu aquela governante.

Suzi Carla Barbosa considerou que a diplomacia guineense está no “grande auge”, graças a magistratura de influência, sobretudo do chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que diz apostar , tanto na política externa como na forma de melhorar a qualidade de vida do povo guineense.

“As obras que estão a decorrer no centro de cidade de Bissau, nomeadamente de reabilitação das estradas de Bissau Velho, da Avenida Amilcar Cabral e a construção da autoestrada do Aeroporto à Safim são  resultados de esforços de procura de  apoios  externos para se aplicar internamente”, disse a governante.

A ministra considerou de “bastante positivas”, as realizações feitas pelo ministério no decorrer de 2022, e diz que  sempre que são  convidados para eventos internacionais trazem algum benefício para o país.

Referindo-se à dificuldades enfrentadas no decurso do ano preste a terminar, a chefe da diplomacia guineense disse que reorganizar o ministério não foi fácil, “por  ser uma instituição  com uma estrutura envelhecida, com necessidade  de renovar os diplomatas, numa altura em que a Função Pública impõe limitação na contratação de quadros.  

 “Estamos a trabalhar no sentido de fazer um recrutamento interno de jovens estagiários para que possam progredir na carreira e assim contribuir com as novas tecnologias para melhorar eficácia e desempenho do Ministério de Negócios Estrangeiros”, disse Suzi Carla Barbosa.

ANG/AALS/ÂC//SG

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