© Alain Pitton/NurPhoto via Getty Images
Notícias ao Minuto 30/12/22
Um total de 1.668 jornalistas morreram no âmbito do seu trabalho nos últimos 20 anos. O balanço foi feito pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que descreve as últimas duas décadas como “especialmente mortíferas para os que estão ao serviço do direito de informar”. 80% das mortes ocorreram em apenas 15 países.
São, em média, 80 jornalistas mortos por ano entre 2003 e 2002. Seis por mês. Os anos de 2012 e 2013 foram os piores anos, com 144 e 142 jornalistas mortos, respetivamente. Em causa esteve a guerra na Síria, mas os números desceram nos anos que se seguiram.
Já este ano, o número de mortos voltou a aumentar, tendo-se registado 58 vítimas até 28 de dezembro, de acordo com o Barómetro da Liberdade de Imprensa da RSF. São já mais sete do que em 2021.
Segundo a RSF, nos últimos 20 anos, “80% das mortes nos meios de comunicação social ocorreram em 15 países”. A liderar a lista estão o Iraque e a Síria, com um total de 578 jornalistas mortos - mais de um terço do total. Segue-se o México (125), Filipinas (107), Paquistão (93), Afeganistão (81) e Somália (78).
Já no continente europeu, “a Rússia continua a ser o país mais mortífero da Europa para os media”. De acordo com o balanço da organização, desde que o presidente russo, Vladimir Putin, assumiu o poder, “a Rússia tem assistido a ataques sistemáticos à liberdade de imprensa”.
Segue-se a Ucrânia, em parte devido à invasão russa. Até ao momento, oito jornalistas morreram no país desde 24 de fevereiro, que se juntam a outras 12 vítimas dos últimos 19 anos.
“Por detrás dos números, estão os rostos, personalidades, talento e empenho daqueles que pagaram com as suas vidas pela recolha de informação, procura da verdade e paixão pelo jornalismo”, lamentou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF.
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