© Eva Marie Uzcategui/Bloomberg via Getty Images
Notícias ao Minuto 07/10/22
“Alguns acham que a guerra da Ucrânia não teria acontecido com ele no poder. Eu concordo com isso”, considerou o presidente do Brasil.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou, numa entrevista publicada esta sexta-feira, que o ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, teria conseguido evitar a invasão russa da Ucrânia, que dura já há mais de sete meses.
Confrontado com o “célebre alinhamento” que teve com o republicano durante a presidência, Bolsonaro foi questionado pela revista VEJA sobre o “relacionamento” que mantém com o atual presidente norte-americano, Joe Biden. “Vocês conhecem o Joe Biden. O peso da idade chegou mais cedo para ele. Já estive numa conversa particular com ele e foi um bom entendimento”, respondeu.
No entanto, Bolsonaro, que concorre ao segundo mandato enquanto presidente do Brasil, considerou que “certas questões que aconteceram no mundo não aconteceriam no governo Trump, dada a posição de liderança dele”.
“Alguns acham que a guerra da Ucrânia não teria acontecido com ele no poder. Eu concordo com isso”, atirou.
A mesma opinião foi já partilhada pelo próprio Trump. Em abril, o republicano afirmou que a guerra na Ucrânia “nunca teria acontecido” se ainda fosse presidente dos EUA - cargo que exerceu entre 2017 e 2021 - e revelou que ameaçou o presidente russo, Vladimir Putin, “como ele nunca foi ameaçado antes”.
Sobre o encontro que teve com Putin em Moscovo, na véspera do conflito com a Ucrânia, Bolsonaro defendeu que viajou até à Rússia para tratar de “questões de fertilizantes e de óleo diesel”.
“Alguns acharam que eu não deveria ter ido, mas o sofrimento para nós, brasileiros, seria enorme. Teríamos uma explosão no aumento do preço dos alimentos. Sou presidente do Brasil e fui lá para defender o Brasil. Não sou presidente da Rússia, nem da Ucrânia”, afirmou.
O presidente brasileiro revelou ainda que o tratamento na Rússia foi “excepcional” e foi possível chegar a um “entendimento”, que, quase oito meses depois, ainda está a ser cumprido.
A entrevista surge dias após as eleições presidenciais do domingo passado, onde Jair Bolsonaro obteve 43,2% dos votos na primeira volta. Lula da Silva venceu com 48,4%, o que levou a disputa a uma nova e definitiva eleição, a realizar em 30 de outubro.
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