By Rádio Jovem setembro 23, 2022
O presidente da Associação Nacional dos Intermediários Comerciais da Guiné-Bissau, Lassana Sambú, revelou esta quinta-feira que, segundo os dados disponíveis, cerca de 95 mil toneladas da castanha de cajú da campanha do presente ano não foram ainda exportadas.
Em entrevista exclusiva à nossa estação emissora e a Rádio Galáxia de Pinjiquiti, Lassana Sambú, afirmou que as taxas de impostos elevados e más condições dos portos de Bissau são entre outros fatores que estão a dificultar a exportação do produto.
“A campanha não é só para aplicar as taxas” afirmou. “Estamos numa situação grave que é preciso levar em consideração. Um Estado deve proteger os seus operadores económicos, criando condições de trabalhar para poder obter lucros que lhes permitem pagar o imposto, mas não é o caso do país “, observa.
“Temos a situação do porto, não temos um porto com as condições que o próprio mercado está a exigir, não temos máquinas e nem grandes barcos, tudo isso é um problema”, explicou
Perante esta situação, o presidente da Associação Nacional dos Intermediários Comerciais da Guiné-Bissau, Lassana Sambú, considerou de negativo a campanha de comercialização da castanha de cajú do ano comercial 2022.
Na ocasião, Sambú exigiu ainda ao Estado o cumprimento dos cinco diplomas de regulamentação do sector de cajú, para o benefício da comercialização da mesma.
No mês passado, o Ministro do Comércio, Abas Jaló, anunciou que até ao momento o país exportou cerca de noventa mil toneladas da castanha de caju, tendo afirmado que o país já atingiu a meta de 200 mil toneladas perspetivada para a presente campanha de cajú.
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