terça-feira, 16 de março de 2021

A Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau designada por ( OJ-GB), promove uma Conferência de Imprensa para marcar a tremenda e violência dos Direitos dos Jornalistas.

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Bissau, 16 Mar 21 (ANG) -  A Ordem de Jornalistas da Guiné-Bissau (OJ-GB) condena  comportamentos que qualifica de inadequados de seja quem for, contra os jornalistas  e  que limitam o exercício livre de actividades jornalísticas no país.

A posição da OJ-GB, foi tornada pública esta terça-feira , em conferência de imprensa, em jeito de reação aos espancamentos de jornalistas recentemente registados em Bissau, tendo como vítimas, o jornalista e editor do Blogue Ditadura de Consenso, António Aly Silva e o jornalista da Rádio Capital FM, Adão Ramalho.

 O Bastonário de Ordem dos Jornalistas, António Nhaga disse que os homens de imprensa têm sido alvos de intimidações por parte do Presidente da República, que quando aparece ao público diz recorrentemente que quem não se cuidar vai ser pego , e chama a alguns de ʺjornalistas boca de aluguer.ʺ

A Ordem exige ao Presidente da República o rigor e responsabilidade nas suas comunicações e que use  sempre palavras decentes para salvaguarda do seu estatuto de Chefe de Estado, e igualmente  respeito e consideração aos homens da imprensa que, sem condições, labutam afincadamente para cumprimento das suas missões.  

ʺNo dia 26 de Fevereiro do ano em curso, o Presidente da República, quando fazia o balanço de um ano de mandato, considerou os jornalistas João Umpa Mendes  da Televisão da Guiné-Bissau (TGB) E Fátima Tchuma Camará da Rádio Difusão Nacional(RDN), igualmente correspondente da RDP-África, de terem baixo nível para conduzirem o debate entre duas figuras que pretendiam assumir a presidência  da República”, referiu Nhaga.

O Bastonário disse ainda que, no mesmo dia de balanço de um ano de mandato, a Presidência da República convocou discriminatoriamente, apenas alguns órgãos de comunicação social, blogs e administradores de páginas de rede sociais, deixando de lado um número considerável de rádios e jornais do país.

Referiu que para Ordem este comportamento é tentativa de restrição à liberdade de acesso às fontes de informação, e que, com todo estes acontecimentos é evidente que o país concorre fortemente para liderar o ranking dos países que atentam contra a liberdade de imprensa e de expressão, assim como dos Direitos Humanos, por parte das organizações internacionais defensores dos jornalistas e dos Direitos Humanos.

Relativamente ao licença definitiva para as rádios,  o Bastonário de Ordem disse que gostaria de lembrar ao Presidente da República que esta é uma atribuição do governo e não do Presidente e que por lei não existe licença definitiva em toda a Guiné-Bissau.

A Ordem dos Jornalistas perante constantes abusos de que os seus associados têm sido alvos, está a diligenciar uma formação destinada aos agentes das Força da Ordem e jornalistas, solicitando o Presidente no sentido de usar a sua magistratura de influência junto do governo, para que seja aprovado o modelo de negócio para o jornalismo guineense.

Segundo a Ordem, este instrumento irá permitir  uma independência dos órgãos e consequentemente um exercício mais responsável, na medida em que já não terão que ir atrás de terceiros para conseguir migalhas para seu funcionamento.

A Ordem dos Jornalistas encoraja os profissionais a prosseguirem com os seus trabalhos observando as leis, ou seja as regras deontológicas e as leis do país versadas ao exercício da profissão. 

ANG/MI/ÂC//SG

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