quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Greve: SEM ATENDIMENTOS NECESSÁRIOS, PACIENTES ABANDONAM HOSPITAL PÚBLICO E VOLTAM PARA CASA

Por radiosolmansi

A greve na administração pública está a ter reflexos muito negativos no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM). Esta manhã, os pacientes foram obrigados a procurar tratamento médico em outros hospitais porque não estavam a ser atendidos.

Estas constatações são da Rádio Sol Mansi que esteve no HNSM e viu esta situação desagradável e preocupante. Alguns pacientes que não têm como acarretar os custos nos hospitais privados, preferem voltar para as suas próprias casas correndo o risco de vida.

Embora os serviços mínimos estão a ser prestados, mas os doentes não estão a receber os cuidados necessários. O hospital está quase sem técnicos de saúde enquanto continuam várias pessoas nas camas e nas portas do hospital temendo pelas próprias vidas.

A greve da UNTG está a ter adesão dos sindicatos do sector da saúde que reclamam pelo pagamento do salário em atraso e ainda as melhorias de condições laborais.

Aos microfones da RSM, os acompanhantes dos pacientes no Maior Centro Hospitalar do país consideram de injusta a greve que afecta seriamente o sector da Saúde.

Entretanto, os acompanhantes dos pacientes apelaram as autoridades do país a resolveram a situação da greve com a maior brevidade possível.

Já o Médico no serviço da urgência do HNSM, Iaiá Djalo, confirmou a RSM que estava a ser observado o serviço mínimo, mas lamentou o facto de as pessoas estarem a abandonar o hospital voltando para a casa.

Começa, hoje (18), a segunda vaga de greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) para, entre outros, reivindicar a entrada "ilegal" dos funcionários na administração pública, o pagamento de salários em atraso e a aplicação "integral" do estatuto da carreira docente.

A paralisação terá a duração de 5 dias e conta com a adesão da maioria dos sindicatos dos professores a ainda com o apoio dos sindicatos da saúde.

No entanto, este mês de Janeiro poderá conhecer grandes paralisações, e a situação poderá agravar-se ainda mais, sendo que já no dia 20 deve começar mais uma greve dos motoristas dos transportes públicos.

Na semana passada, os funcionários da INACEP tinham paralisado a instituição acusando o director de nepotismo e de má gestão. A acusação também continua entre os funcionários do ministério das finanças e o ministro da Tutela.

Ainda na semana passada, os funcionários do ministério dos transportes também estavam em paralisação exigindo o pagamento dos subsídios e ainda a melhoria na administração do mesmo ministério.

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