Por CNEWS Novembro 25, 2020
A Direção Geral da Florestas e Fauna (DGFF) desconhece a operação que está a ser levada a cabo para a recuperação de madeiras nas diferentes carpintarias e serrações, em Bissau, garante ao CNEWS, uma fonte da instituição.
Em conversa não gravada, a fonte revelou que todo o trabalho decorre à margem da Direção Geral das Florestas e Fauna, sob a suposta coordenação da Comissão Interministerial, recentemente criada para a gestão das madeiras que ainda se encontram nas matas do país.
“O que eles estão a fazer não é do nosso conhecimento. Embora façamos parte da comissão, lamentavelmente, não fomos informados do que se passa”, disse o confidente do Capital News.
Sobre a deposição das madeiras em causa, nas instalações militares, na Base Aérea de Bissalanca, a fonte do jornal lamentou a escolha do local, uma vez que segundo afirma, devia ser a DGFF a ser “fiel depositário”, enquanto entidade gestora do produto florestal.
Relativamente às reuniões da Comissão Interministerial, estrutura da qual fazem parte os Ministérios da Agricultura, do Ambiente, das Finanças, e do Interior, a fonte da Direção Geral das Florestas e Fauna revela que, nos últimos tempos, os encontros ocorrem sem o conhecimento das autoridades florestais.
“A única operação da qual soubemos foi das madeiras provenientes das instalações da STENACKS (apreendidas pela PJ), cujo produto está neste momento a ser alvo de trabalhos técnicos nos nossos serviços”, revelou.
As polémicas sobre madeiras envolvem, atualmente, várias entidades guineenses, desde a Associação de Madeireiros Industriais, Colectivo de Operadores Económicos Não Industriais, Proprietários das Carpintarias, bem como os Operadores de Lenhas e Carvão, que segundo apurou o CNEWS, com a exceção da Associação dos Madeireiros, todos estão contra a forma como está a ser gerido o processo de madeiras na Guiné Bissau.
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