04/11/2020 / Jornal Odemocrata
O Alto Comissário da Organização para a Valorização de Rio Gambia (OMVG), Elhadj Lassana Fofana, disse esta quarta-feira, 04 de novembro de 2020, que apesar dos progressos registados os projetos relacionados à OMVG continuam a deparar-se com dificuldades financeiras, devido ao atraso no pagamento das contribuições por parte dos Estados membros, bem como do não pagamento das contrapartidas dos projetos.
Elhadj Lassana Fofana fez essa observação na abertura da reunião de especialistas dos Estados membros da OMGV, no quadro da 46ª sessão ordinária do Conselho de Ministros da OMGV, que irá decorrer até próximo domingo 08 de novembro, em Bissau. Explicou que as autoridades da Guiné-Conacri já entraram com dois bilhões e quatrocentos (2.400.000.000) milhões de francos CFA, o que fez reduzir a sua contribuição de 2020 e 2021.
Segundo o Alto Comissário da Organização para a Valorização de Rio Gambia, Senegal engajou-se em pagar os atrasados da contrapartida do projeto de energia no valor de setecentos milhões (700. 000 000) de francos CFA.
“A Gambia e a Guiné-Bissau comprometeram-se que se engajariam no pagamento das suas contribuições à semelhança dos outros Estados membros”, indicou, realçando que a reunião de Bissau irá permitir a aprovação do programa de atividade anual do ano 2020 e 2021, bem como a definição de orçamentos para o funcionamento do comissariado e da contrapartida do projeto de energia para 2020 e 2021, para garantir a implementação eficaz e rápida dos programas e projetos.
No eu discurso sublinhou que, apesar da Covid-19, o projeto de energia da organização conseguiu a assinatura de acordos com empresas dos quatros países (Guiné Conacri com a Gambia e a Guiné-Bissau com o Senegal) no domínio da eletricidade. Em decorrência desses acordos, a Guiné-Bissau beneficiou do Banco Mundial (BM) para indemnização de pessoas afetadas com o projeto de energia, um montante que não foi revelado aos jornalistas.
Por seu lado, a secretária-geral do Ministério dos Recursos Naturais e Energia (MRNE), Hortência Francisco cá, disse que a incapacidade do sistema elétrico nacional em fornecer energia elétrica fiável e a custos baixos às populações têm levado ao crescimento prolífico da produção, que também é pouco eficiente e dispendiosa nos setores da indústria comercial e até doméstica. Segundo a secretária-geral do MRNE, a implementação do projeto energia da OMVG irá reduzir consideravelmente a discrepância entre a oferta e procura de eletricidade nos Estados membros da OMVG.
“Para a Guiné-Bissau, caso houver a realização das infraestruturas previstas no quadro do projeto, o país irá ter condições de entrar no mercado regional da energia elétrica”, precisou.
Neste sentido, explicou que uma das prioridades do governo reside na cooperação e na integração em torno dos recursos naturais partilhados entre os Estados da OMVG, com vista a uma melhor otimização e utilização destes recursos a favor das populações.
E espera, por isso, que os cinco dias de trabalho possam contribuir para o êxito da 46ª reunião dos ministros da OMVG.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
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