terça-feira, 16 de junho de 2020

Guiné-Bissau: Pribet Group promete criar cinco mil postos de emprego no país


Com numerosas empresas já instaladas no país, o Pribet Group promete criar, até final de 2021, cerca de cinco mil novos postos de emprego a nível nacional, para permitir a participação ativa da juventude no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau.


A garantia é do CEO of Pribet Group e representante da Karpowership INNT DMCC Turkey na Guiné-Bissau, Prince Lamptey Tetteh, durante uma entrevista ao nosso semanário, no dia 12 de junho, na qual prometeu reduzir o nível de desemprego e aproveitar as potencialidades dos jovens em matéria de desenvolvimento.

O engenheiro Prince Lamptey Tetteh explicou que o Pribet Group é uma rede de empresas instaladas na Guiné-Bissau desde 2012, não só para ter lucros como para criar oportunidades ao Estado e à sociedade guineense, através da criação de postos de emprego e assistência social.

O Pribet Group associa várias empresas com diferentes serviços, nomeadamente Combat-4, Pribet Impor/Export, Agência de Viagem, Pitrogaz, Agro-pecuária, Multimédia, Pribet Impressoras, Construção, Energia e Tecnologia tendo, neste momento, empregado um total de 623 funcionários, entre efetivos e contratados.

Ele disse que um empresário deve ser uma pessoa que sinta os anseios do povo, tendo afirmado que o Pribet Group figura entre as melhores empresas privadas do país, não só porque os salários são pagos rigorosamente a 25 de cada mês, mas porque oferece melhor salário a nível do setor privado, variando entre 70 mil a 800 mil francos CFA por mês.

O empresário ganês disse que escolheu a Guiné-Bissau para vir investir, porque trata-se de um dos países mais tranquilos na sub-região, associado à particularidade de o seu povo, em termos sociais e humanos, pelo que merece todo o apoio, inclusive dos investidores estrangeiros a fim de atingir o nível dos restantes países da comunidade.

“Sou ganês, mas hoje identifico-me mais com a Guiné-Bissau, embora tenha alguns investimentos no Gana e na Alemanha, mas passo a maior parte de tempo em Bissau”, esclareceu, afirmando que este país abençoa qualquer investidor.

Pribet Group é uma rede de empresas

Prince Tetteh, engenheiro de Construção Civil, explicou que mal chegou a Bissau criou o Pribet Construção, antes de se transformar em Pribet Group, tendo beneficiado de alguns contratos para a construção de escolas e hospitais nas regiões. A nível privado, foram-lhe concedidas algumas obras particulares para a construção de residências privadas e particulares.

Nesta perspetiva, assegurou que a sua empresa está munida de melhores e mais modernos equipamentos de construção para qualquer tipo de obras.

Relativamente à Import/Export, disse que têm contribuído no abastecimento do mercado nacional com a importação de materiais de construção civil, bem como exportação de alguns produtos e marcas da Guiné-Bissau para o exterior.

A segunda maior viabilidade do Pribet Group consiste na empresa de segurança, denominada Combat-4, oferecendo serviços de segurança a instituições estatais, privadas e pessoas singulares. Informou que a Combat-4 dispõe de equipamentos e aparelhos modernos de controlo e segurança, sem igual no país.

“Acompanhamos, a partir do escritório central, todas as movimentações dos nossos agentes nos respetivos locais de trabalho e dispomos de meios que nos permitem registar vídeos e captar imagens de qualquer movimentação estranha nestas instituições, caso de roubo ou assalto”, explicou.

Temos também instalados aparelhos nas grandes instituições do Estado, Agências das Nações Unidas e instalações da Ecomib, em colaboração com as esquadras de Polícia mais próximas, a fim de permitir, em caso da urgência, pressionar o botão do aparelho para alertar a Polícia de que algo de anormal está a acontecer numa determinada instituição e que precisa de intervenção policial.

Acrescentou que a Combat-4 está mais bem equipada em relação às outras empresas de segurança na Guiné-Bissau, por oferecer um maior conjunto de serviços personalizados aos clientes.

Por outro lado, disse que estão a aguardar a chegada de um modelo de aparelho despertador que passa a alertar, de 20 em 20 minutos, os agentes nos postos de trabalho para os manter acordados.

Karpowership o maior presente

O Pribet Energia é o parceiro que trouxe ao país a empresa turca Karpowership que fornece a corrente elétrica à cidade de Bissau, possibilitando uma maior oportunidade de negócios e desenvolvimento.


“Penso ser unânime a opinião de que o serviço que esta empresa oferece é bem aceite pela população e pelo próprio Estado, independentemente de ser a parte mais visível do Pribet Group na Guiné-Bissau”, manifestou Tetteh.

Um outro serviço que integra o grupo tem a ver com o projeto Multimédia, embora ainda em fase de criação a partir da África do Sul, que visa conceder facilidades à Autoridade Reguladora Nacional na gestão e uso da rede, bem como melhorar a prestação dos órgãos de comunicação social, à semelhança da África do Sul, Egito, Marrocos e por aí fora. Será o maior investimento do Pribet Group na Guiné-Bissau, dadas as vantagens que traz para o país.

No que concerne à Agropecuária, o CEO of Pribet Group anunciou um plano de investimento na produção de arroz e cereais, com vista a estancar a importação deste produto do estrangeiro e perspetivar, num futuro breve, exportá-los para o Senegal e Gâmbia, onde poderá ter aceitação. Lamptey Tetteh defendeu que muita das vezes os produtos importados não são saudáveis para a saúde da população, devido ao uso de produtos químicos na sua preparação e conservação.

“Estes perigos não são vistos a olho nu, mas quem tiver oportunidade de acompanhar a sua preparação, poderá não consumi-lo para toda a vida”, denunciou, afirmando que se a produção é local oferece, naturalmente, maior garantia de segurança para o consumo.

Prometeu, igualmente, até ao final deste ano, a instalação de uma fábrica de produção de água mineral em garrafas e sacos plásticos porque, segundo ele, muito deste precioso líquido produzido em Bissau não é de boa qualidade, porque não observa as regras básicas minimamente aceitáveis na sua produção.

Por outro lado, explicou que 65 por cento das empresas integradas no Pribet Group estão a funciona em pleno, afirmando que as mesmas interligam-se entre si, sendo a abertura de uma depende sempre da evolução da outra. Também clarificou que o investimento faz-se de forma gradual, acompanhando sempre a evolução do mercado e do impacto das ofertas e da procura.

Questionado sobre a reação do mercado, tendo em conta o número de consumidores, Prince Tetteh respondeu que qualquer mercado tem os seus riscos e obstáculos, o que obriga os empresários a estarem preparados para enfrentá-los.

“O nosso maior problema é o cumprimento do horário do trabalho, sobretudo na área da segurança, muitas vezes os agentes chegam atrasados ao posto de trabalho sem uma comunicação prévia da demora”, lamentou.

Em relação aos impostos, disse que as taxas são elevadas, embora reconheça que é a partir dos impostos que o Estado consegue arrecadar receitas para cumprir com a sua obrigação perante o povo, pelo que não querem ser motivo de problemas relacionados com isso. Mesmo assim, vão requerer isenção de impostos sobre algumas das suas empresas, para que possam responder ao desafio da criação entre quatro a cinco mil postos de trabalho até ao final de 2021.

Instado a pronunciar-se sobre a situação social e política, disse que não gosta de falar de política, mas deixou claro que qualquer país onde não existe estabilidade política corre o risco de perder o investimento privado, mas esclareceu que na Guiné-Bissau a política não se descamba para a sociedade. Ela é uma questão meramente dos políticos, apesar de, em alguns momentos, deixar algumas pessoas apreensivas e inquietas.

“Este país é virgem e oferece maiores oportunidades de investimento, por isso convido mais empresários a virem provar essa aventura de mercado promissor”, disse, assegurando que este povo é muito civilizado, hospedeiro, tranquilo e abençoado.

Coronavírus é uma realidade

Prince Lamptey Tetteh alertou sobre a necessidade de se protegerem contra o novo coronavírus, porque ele é uma realidade. Acrescentou que a doença existe na Guiné-Bissau, pois não há nada que pode tornar este país uma exceção do mundo.

Em relação ao seu impacto, disse que as consequências do coronavírus são enormes a nível nacional, tendo afirmado que o Pribet Group paralisou os serviços administrativos durante três meses, o que deixou a empresa em declínio. Mesmo assim, não deixou de pagar os salários a todos os trabalhadores.

O Pribet Group só retomou os trabalhos no passado dia 1 deste mês, com base em orientação e medidas de prevenção adotadas pelo Governo e autoridades competentes na matéria.

Por: Seco Baldé Vieira

nô pintcha

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