terça-feira, 30 de junho de 2020

ARMANDO MANGO: "SOMOS VEEMENTEMENTE DEFENSORES DO ACORDO PARLAMENTAR QUE ASSINAMOS COM O PAIGC"

Fonte: Rádio Jovem Bissau 

O segundo vice-presidente da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Armando Mango, voltou a garantir a fidelidade ao acordo parlamentar rubricado com Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), após as eleições legislativas de março de 2019, mesmo com esta decisão de quatro deputados do PAIGC, que viabilizaram a discussão de programa do governo liderado por Nuno Gomes Nabian no parlamento.

"Somos estruturadamente democráticos no nosso partido, somos coerentemente defensores dos valores e somos veementemente defensores dos compromissos que assinamos, por isso é que afirmamos em diversas vezes que o acordo que assinamos com o PAIGC e restantes partidos vai até fim da legislatura", afirmou Armando Mango.

Em conferência de imprensa na sede principal do PAIGC em Bissau, esta segunda-feira, 29 de junho, com objetivo de reagir o comportamento de quatro parlamentes, Mango apelou aos simpatizantes, militantes e dirigentes do partido liderado por Domingos Simões Pereira a não se resignarem por causa desta situação.

Numa indireta aos seus adversários, ou seja, às atuais autoridades no poder, Mango fez lembrar que esta cíclica instabilidade terminará um dia e que o país deve ser dirigido pelas pessoas com nível e capacidade intelectual.

Igualmente deputado da nação e em rota de colisão com o líder do seu partido, Nuno Gomes Nabian, atual primeiro-ministro, Mango disse que esta luta não é só do PAIGC, mas é luta das pessoas que respeitam a democracia, legalidade, clareza, competência e a verdade.

Nesta conferência de imprensa dos partidos do espaço da concertação, também esteve presente o líder da bancada parlamentar da APU-PDGB, Marciano Indi, que recentemente foi raptado e espancado por homens desconhecidos em Safim, região de Biombo.

Na sua declaração, Marciano Indi começou por realçar a solidariedade dos guineenses aquando do incidente e considerou de ilegal a sessão plenária que aprovou hoje a discussão parlamentar do programa do governo liderado por Nuno Nabian.

De recordar que o líder da APU-PDGB, Nuno Gomes Nabian, que assinou um acordo com o PAIGC, invalidou o compromisso, firmando outro com o Movimento para Alternância Democrática (Madem G15) e o Partido da Renovação Social (PRS).

Apesar da nova aliança, quatro dos cinco deputados da APU-PDGB mantêm a sua lealdade ao acordo de incidência parlamentar com o partido liderado por Domingos Simões Pereira.

O PAIGC venceu as legislativas de março de 2019 sem maioria e fez um acordo de incidência parlamentar com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, obtendo 54 dos 102 assentos no parlamento.

Por: Alison Cabral

8 comentários:

  1. Nkuda praga ku bo tene. Bota tene cinco deputados, bo lider ita cedu primeiro ministro bota dá kila costa? So praga kita fase és...

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  2. Um GRANDE DEMOCRATA, este SENHOR e compatriota de valor. Ele, em como estudioso das ciências jurídicas, sabe o que é o significado de um ACORDO POLÍTICO CONTRATUALMENTE ASSUMIDO desta e nesta envergadura, na qual se refere aqui; no quadro do funcionamento democrático, partidário e em geral, nos Regimes do Estado de Direito Democrático. CHAPÉU!

    Uma grande diferença em relação ao Sr. Abdú Mané, também homem das ciências jurídicas, outrora, também merecedor deste meu gesto de, "chapéu; mas agora?, ai!!!

    Paciência, pena e triste.

    CHAPÉU ao Sr. ARAMANDO MANGO E SEUS TRÊS CAMARADAS. CHAPÉU!!!

    Obrigado.
    Que reine o bom senso.
    Amizade.
    A. Keita

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  3. Eu pergunto, porque é que não foram assembleia? Deviam ter lá estado e votar para ver quem tem maioria. O PAIGC não ganhou as legislativa com a maioria. Formou o governo através da coligação e neste momento há alguns deputados do PAIGC que votaram o programa. É assim o jogo democrático. O melhor lugar onde devem estar é na oposição e quero vos lá eternamente. Não passam de plutocratas. Sois intelectuais ou pseudo-intelectuais? Se sois inteletuais, estiveram no governo e não fizeram nada e estes em cem dias muita coisas. Eu não sou nenhum profeta mas permitam-me profetizar o seguinte: Se esta nova coligação continuar trabalhar bem o vosso regresso ao poder poderá ser uma miragem porque o povo quer obras. Sejam racionais.

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  4. Os que beneficiam com o dinheiro do povo sem fazerem nada, devem perceber que as coisas já mudaram.

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  5. O senhor Armando pé de Mango disse: " o país deve ser dirigido pelas pessoas com nível e capacidade intelectual ", fim da citação. O Armando pé de Mango é um licenciado em direito jurídico, está a ostentar-se de " djiressa" num país onde existem as pessoas com DOUTORAMENTOS que ele não tem.

    O senhor Armando pé de Mango, nas eleições legislativas de 10 de março de 2019, o dito Armando pé de Mango na sua terra natal (Có), perdeu a votação na mesa que estava na sua "morança" e em toda secção de Có. Isso demonstra que o Armando pé de Mango não tem aceitação própria na sua casa.

    O Armando pé de Mango foi eleito deputado através de votos que APU conseguiu nos sectores de Bula e sector de Begene onde ele não é nativo. E esses votos conseguidos nos outros sectores, foi graças à força política de Engº Nuno Gomes Nabiam.

    Agora, resta perguntar ao Armando pé de Mango, onde está a sua aceitação e a sua massa política?
    Portando, em suma, o Armando pé de Mango, é um político que tem no campo político 0,3gs. Entretanto, é diferente com Nuno Gomes Nabiam que tem 95kgs de peso no campo político.

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    1. Desculpe Ilustre Sra/Sr. Nú Matchu, mas "[...] licenciado em direito jurídico [...]" não existe. Talvez a senhora/o senhor quis dizer licenciado em "ciências jurídicas". Porque dizer, "direito jurídico", avaliado com muita boa vontade da conhecedora/do conhecedor, é pleonasmo, inutilidade ou mesmo uma cacofonia sem sentido.

      Pois o adjetivo “jurídico” (tendo como sinônimos os termos, “legal, lícito), exprime aquilo que é e se faz segundo as normas e regras reguladoras da vida em sociedade, impostas pelo Direito (mais precisamente, pelas normas de Direito; elemento do conjunto: normas éticas, normas morais e normas deontológicas).

      Afirmar por isso, “licenciado em direito jurídico” é dizer textualmente: “licenciado em normas de Direito de normas de Direito”. Não existe. Por isso, só deve ter sido “licenciado em ciências jurídicas” ou “licenciado em ciências de Direito”, que a nossa irmã/o nosso irmão quis dizer. Obrigado.

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    2. Sra./Sr. Nú Matchu, a Senhora/o Senhor disse no seu “post” (Nú Matchu30 de junho de 2020 às 07:22) que terá escrito “dois textos narrativos e um poético”, sff indique-me as suas referêcias bibliográficas. Estou muito interessado em consultá-los. Obrigado.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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