O GOVERNO DA GUINÉ-BISSAU ASSINA PROTOCOLO DE PARCERIA COM ASSOCIAÇÕES DE MULHERES AGRICULTORAS, ONGS E O PROGRAMA ALIMENTAR MUNDIAL DAS NAÇÕES UNIDAS PARA DISPONIBILIZAR MÁQUINAS E MATERIAIS AGRÍCOLAS A ASSOCIAÇÕES DE MULHERES AGRICULTORAS
BISSAU – O Governo da Guiné-Bissau, através da Ministra de Agricultura e Florestas e do Ministro de Educação Nacional e Ensino Superior assinaram, hoje, um protocolo de parceria com as mulheres produtoras agrícolas (que fornecem os alimentos ao programa nacional de cantina escolar), com cinco organizações não-governamentais (COAJOC, ECAS-D, Federação KAFO e Tiniguena) e com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM). O protocolo visa disponibilizar máquinas e materiais agrícolas às associações de mulheres agricultoras.
Participaram do evento a Dra. Nelvina Barreto, Ministra de Agricultura e Florestas; o Dr. Dautarin Monteiro da Costa, Ministro de Educação e Ensino Superior; a Sra. Kiyomi Kawaguchi, Representante do PAM; Sr. Mário Reis, Representante Assistente da FAO; os Diretores Executivos, os Secretários Executivos e Gerais de cada ONG, assim como, as representantes das mulheres agricultoras. O Protocolo de responsabilidades partilhadas busca uma gestão responsável e sustentável das máquinas e dos materiais cedidos.
O objetivo da parceria é disponibilizar ferramentas no lugar certo, onde podemos esperar uma maior efetividade e sustentabilidade do seu uso. Pois grande parte do trabalho das agriculturas familiar é feito manualmente pelas mulheres rurais enfrentando condições de trabalho difíceis. As máquinas e materiais agrícolas vão aliviar as condições físicas das mulheres agricultoras e aumentar a produtividade, com potencial de melhorar a renda agrícola.
A Ministra da Agricultura e Florestas, Nelvina Barreto, realçou a importância de se impulsionar a agricultura: “Nossas terras são férteis e nosso povo trabalhador. Cabe a nós oferecer os meios necessários para que a nossa agricultura se desenvolva e, hoje, estamos dando mais um passo inovador nessa direção”.
Em 2017, as associações de mulheres agricultoras começaram a vender suas produções agrícolas às escolas primárias e ao PAM, por meio das ONGs, com o investimento do Ministério da Economia e Finanças do Governo da Guiné-Bissau e do Governo do Japão através do PAM. Em 2019, o PAM mobilizou doações do Governo de Países Baixos e setor privado para esse fim. Atualmente, além de tornar as cantinas escolares parte dos novos mercados estáveis para as mulheres agricultoras, o PAM oferece as formações para alfabetização, nutrição e sobre cadeia de valores para empoderar as mulheres com mais competências profissionais.
O Ministro da Educação, Dautarin Monteiro da Costa, agradeceu a união de todos os parceiros e opinou: “A cantina escolar é um negócio de todos e beneficia a todos. A colaboração de todos aqui presentes hoje é indispensável para alargar cantina escolar com alimentos localmente produzidos a todas as escolas públicas de ensino básico da Guiné-Bissau.”
O acordo para disponibilizar as máquinas e materiais agrícolas às associações de agricultoras resultará em uma maior produção dos alimentos diversificados, nutritivos e de qualidade para os alunos das escolas com o programa de cantina escolar, nas 6 regiões do país (Bafatá, Cacheu, Gabu, Oio, Quinara e Tombali) e facilitará o melhor acesso das mulheres agricultoras aos mercados regionais e nacionais. O MENES e o PAM terão, assim, mais opções de alimentos para variar as refeições dos alunos e assegurar a sua disponibilidade durante o todo ano.
A Representante do PAM, Sra. Kiyomi Kawaguchi, felicitou todos os parceiros, pois “o ato representa um passo significativo da ação conjunta e concreta de sinergia entre os Ministérios, sociedade civil e organizações comunitárias”. Kawaguchi destacou: “espero que esta assinatura acelere a criação de um orçamento especifico para cantina escolar no Orçamento Geral do Estado e um mecanismo que incentive a parceria público-privado a investir no programa”. E concluiu: “agradeço a confiança do Governo, colegas de ONGs e associações das mulheres de sermos parceiros privilegiados e reafirmo o compromisso do PAM de tudo fazer para apoiar o Governo na integração do desenvolvimento sustentável nas áreas de educação, nutrição, agricultura, segurança alimentar e proteção social acompanhando a sociedade civil e criando capital humano de qualidade na Guiné-Bissau”.
SOBRE O MAF
O Ministério da Agricultura e Florestas é a estrutura governamental que orienta as políticas do setor agro-pastoril e florestal. O país é dotado de uma biodiversidade preservada, de terras férteis e bem regadas, bem como de um clima tropical propício a uma variedade importante de cultivos. A meta da Guiné-Bissau é desenvolver a sua produção, aumentar as suas rendas agrícolas e garantir a sua autossuficiência alimentar.
SOBRE O MENES
O Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior é a estrutura governamental que concebe e implementa a política educativa a nível nacional. É responsável pela implementação, monitorização e avaliação do sistema educativo. Cabe ao MENES garantir e diversificar a oferta educativa para todos os guineenses, melhorar a qualidade do ensino e das aprendizagens, e garantir a equidade e o acesso ao sistema educativo.
SOBRE O PAM
O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) - salvando vidas em situações de emergência e mudando a vida de milhões através do desenvolvimento sustentável. O PAM trabalha em mais de 80 países em todo o mundo, alimentando pessoas afetadas por conflitos e desastres e criando as bases para um futuro melhor. Na Guiné-Bissau, o PAM apoia o Governo na área de segurança alimentar e nutrição fornecendo assistência a mais de 200.000 pessoas em todo o país.
Para mais informações, queira contatar:
Tânia Pereira, assessora de comunicação do MAF, (+245) 95 536 00 00 / (+245) 966 677916 (WhatsApp) / taniapereira1277@gmail.com
Elci Pereira, assessora de comunicação do MENES, (+245) 95 531 9489 (WhatsApp) / diaselci@gmail.com
Renata Lobo, PAM/ Bissau, (+245) 95 525 7924 / (+245) 95 651 8567 (WhatsApp) / renata.lobo@wfp.org
24 de fevereiro de 2019
Fonte: ONU na Guiné-Bissau
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