quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Nos dias de hoje, fala-se de situações de ontem, na Guiné-Bissau, como se de problemas de hoje se tratassem...

Por Fernando Casimiro

Um Estado em que, volvidos 46 anos de independência, não tem um Arquivo Histórico Nacional, devidamente organizado, em versão papel e, muito menos, digital;

Que não tem uma estruturação institucional na plataforma global, a Internet, por forma a disponibilizar, para conhecimento, consulta, estudos e pesquisas, as actividades dos seus sucessivos dirigismos e das suas sucessivas governações;

Um Estado em que o papel dos poucos historiadores; antropólogos, e muitos sociólogos, resume-se acima de tudo à participação política, fruto de compromissos político-partidários, visando contrapartidas, entre o poder político e, ou, o poder financeiro, e não a participação na educação, formação e promoção, quiçá, partilha, de informação, conhecimento e sabedoria;

Um Estado sem Arquivos, sem relatórios, que não, os de conveniência, ainda que, com muitos estudos encomendados e pagos a peso de ouro, pela Comunidade internacional, mas sucessivamente manipulados, e apagados, por conveniência, não pode, jamais, avaliar, comparar e melhorar, a sua Base Política e Administrativa, Organizacional!

Continuamos a repetir os mesmos erros de sempre, por continuarmos a ser dirigidos, governados, pelos mesmos de sempre.

Sem dados institucionais, oficiais, do percurso histórico, social, político, judicial, económico, entre outros, para consulta, estudo, comparação e avaliação, visando questionamentos criticos construtivos, para que se possa mudar tudo o que está mal na Guiné-Bissau, continuaremos a ignorar a importância da formação, do conhecimento e da sabedoria na sustentação, pacificação/estabilização, e desenvolvimento do nosso País!

Nos dias de hoje, fala-se de situações de ontem, na Guiné-Bissau, como se de problemas de hoje se tratassem...

Como compreendo o impacto da consequência da inexistência de um Arquivo Histórico Nacional, digno desse nome, na Guiné-Bissau...

A Educação que continuamos a reivindicar, só terá importância se, do conhecimento adquirido, o compromisso primeiro passar por servir a Humanidade, na qual, estamos incluídos...

Positiva e construtivamente.

Didinho 24.10.2019

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