Por Fernando Casimiro
Um Estado em que, volvidos 46 anos de independência, não tem um Arquivo Histórico Nacional, devidamente organizado, em versão papel e, muito menos, digital;
Que não tem uma estruturação institucional na plataforma global, a Internet, por forma a disponibilizar, para conhecimento, consulta, estudos e pesquisas, as actividades dos seus sucessivos dirigismos e das suas sucessivas governações;
Um Estado em que o papel dos poucos historiadores; antropólogos, e muitos sociólogos, resume-se acima de tudo à participação política, fruto de compromissos político-partidários, visando contrapartidas, entre o poder político e, ou, o poder financeiro, e não a participação na educação, formação e promoção, quiçá, partilha, de informação, conhecimento e sabedoria;
Um Estado sem Arquivos, sem relatórios, que não, os de conveniência, ainda que, com muitos estudos encomendados e pagos a peso de ouro, pela Comunidade internacional, mas sucessivamente manipulados, e apagados, por conveniência, não pode, jamais, avaliar, comparar e melhorar, a sua Base Política e Administrativa, Organizacional!
Continuamos a repetir os mesmos erros de sempre, por continuarmos a ser dirigidos, governados, pelos mesmos de sempre.
Sem dados institucionais, oficiais, do percurso histórico, social, político, judicial, económico, entre outros, para consulta, estudo, comparação e avaliação, visando questionamentos criticos construtivos, para que se possa mudar tudo o que está mal na Guiné-Bissau, continuaremos a ignorar a importância da formação, do conhecimento e da sabedoria na sustentação, pacificação/estabilização, e desenvolvimento do nosso País!
Nos dias de hoje, fala-se de situações de ontem, na Guiné-Bissau, como se de problemas de hoje se tratassem...
Como compreendo o impacto da consequência da inexistência de um Arquivo Histórico Nacional, digno desse nome, na Guiné-Bissau...
A Educação que continuamos a reivindicar, só terá importância se, do conhecimento adquirido, o compromisso primeiro passar por servir a Humanidade, na qual, estamos incluídos...
Positiva e construtivamente.
Didinho 24.10.2019
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