sexta-feira, 11 de outubro de 2019

LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos - Um acto ignóbil!

LGDH - Liga Guineense dos Direitos Humanos

A LGDH teve acesso ao vídeo que está a circular nas redes sociais que evidencia os maus tratos infligidos a um cidadão nacional suspeito de crime de furto.

No referido vídeo, entre a multidão presente no local da prática deste acto macabro, aparece a imagem duma pessoa que se presume ser Manuel Nascimento Lopes, vulgo Manelinho, deputado da nação, o qual estava na posse de uma garrafa que continha um líquido, que se pensa ser gasolina, que despejava sistematicamente no corpo do suposto ladrão.

O vídeo, no entanto, foi inconclusivo no que diz respeito à sorte final do suspeito. Isto é, não se sabe se foi queimado ou foi entregue à autoridade policial mais próxima.

Contudo, não deixa de ser chocante, repugnante e abominável o ato, independentemente do desfecho final, sobretudo quando a figura de um deputado de nação aparece, supostamente, associada a tamanha crueldade, reveladora de uma ignorância que se pensa expurgada nas sociedades contemporâneas.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos está em articulação com a Polícia Judiciária que está a aferir o momento em que essa crueldade possa ter ocorrido.

Vamos continuar a acompanhar o desenrolar da investigação na PJ e exigir que os autores dessa conduta infame sejam identificados e traduzidos à justiça e responsabilizados exemplarmente.

Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos!


Por Estamos a Trabalhar


Onde estava a liga bandida no caso da venda dos passaportes? Do tráfico da droga? Quando deputado do PAIGC espanca cobardemente uma mulher ? 

E já agora, em 2013 quando este caso aconteceu a liga estava aonde? Sim, porque o Manelinho na altura era da convivência do PAIGC! 


Não concordamos com a conduta do Manelinho, mas jamais aceitaremos imparcialidade e tentativa do aproveitamento político. Manelinho ligou polícia e indivíduo em questão cometeu uma erro, já Conduto de Pina ?

10 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  2. Oh meu Deus/Alah e tudo mais, esses dois artigos postados aqui, seguidos um de outro (o último e este presente) me deixam se palavras e quase que sufocado. Estou profundamente chocado, mas sobretudo atristado. Atristado de aprender por essa nova (se de facto verdadeira é), haver gente nossa, bissau-guineense, capazes da perpetração de uma tal atrocidade, e algumas outras, caucionando-a in praesentia e no tempo.

    Eis aqui, um tal género de atos, sobre o qual, todas/todos nós, bissau-guineenses deviam ser unidos em sua condenação. Por ser a expressão de algo inqualificavelmente desumano. Muito desumano. Estou de facto e sinceramente, inexprimivelmente muito atristado.

    Obrigado.
    Que Deus nos livre, nós, todos bissau-guineenses (Mulheres e Homens) e além, do género de pensamentos, visões, atitudes e comportamentos, capazes de levar alguém a perpetrar tais tipos de atos ou assisti-los sem que aja contra.
    Amizade.
    A. Keita

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não gosto de hipocrisia, porque fui assaltada por ladrões!

      Eliminar
    2. “Gosta” ou “não gosta”? Onde está a justiça? Porque é que os seres humanos inventaram, mesmo antes de se tornarem "homo sapiens sapiens" o direito e a justiça? Em todos os tempos e locais. Porque?

      Por favor, isso é coisa séria demais a nossa sociedade inteira, que não deve ser levada para o domínio do polémico. A nossa sociedade toda, diante de um ato assim, deve pôr as mãos na consciência para pensar; pensar e agir para inverter o rumo a muita coisa, quando vê algumas da sua gente agir assim (e para já, espero que não seja um episódio tendo acontecido assim, de facto, e verdadeiro; espero).

      Obrigado.
      Que Deus/Alah e tudo mais, livre a cada um de nós, bissau-guineenses (Mulheres e Homens) e além, da raiva descontrolada ou ódio sem igual podendo levar à perpetração de um tal género de ato, se de facto, foi.
      Amizade.
      A. Keita

      Eliminar
  3. Quando ladroes assaltam pessoas e matam as outras a liga desaparece mas quando um bandido é espancado ou morto por uma pessoa, a liga aparece em nome dos direitos humanos a final a liga é da liga dos bandidos ou é o que???????

    ResponderEliminar
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  7. Um grande suspiro acabo eu de proceder neste minuto mesmo. Dizendo-me, “graça na desgraça ao nosso país e sociedade inteiros”. Por acabar de aprender duas novas no blog “Ditadura e Consenso” sobre este aqui comentado caso. De que o cidadão que se vê na foto argolado de pneus e regado com alguma substancia líquida por um bidão não foi incinerado. Que o ato acontecera anteontem (10.11.2019) no Bairro de “Alto Bandim”. E que o tal cidadão se encontra preso neste momento nas celas da nossa PJ.

    Uf!, o pior dos piores, o inimaginavelmente aberrante, um dos mais horríveis e ignóbeis das formas de torturas desumanas, proibidas internacionalmente, pela convenção internacional contra a tortura, não aconteceu portanto. A saber: a incineração deste cidadão, que os gestos à volta estavam a crer assinalar. Deus/Alah e tudo mais obrigado.

    Eu próprio, fui assaltado e roubado várias vezes na minha vida entre finais dos anos 70 e 80 em Bissau. Consegui duas vezes pessoalmente capturar o ladrão que entreguei a polícia. Por último, a casa de um familiar foi assaltada no Junho último em Cabedú (Sector de Cubucaré, Região de Tombali), minha aldeia natal. Os ladrões levaram 6 bidões de óleo de palma à 25 Litros cada. Fruto do trabalho árduo de um sobrinho e de todos da família. Tudo preparado para a celebração do casamento dele, o sobrinho. Toda a família e eu mesmo tinham que contribuir de seguida para que o ato e a festa não fossem para a água baixa. O ladrão ou ladrões até aqui não foram apanhados. Mas graças a Deus/Alah, fez-se o casamento tal como previsto e programado.

    Mas então, no momento dos acontecimentos, na situação fresca, com tanta raiva dentro de mim, muito tinha eu pensado, em, “que fazer com gente ladrão daqueles”?

    Resposta sensata: levar à justiça. Tal como sempre fiz. Porque, é o que uma sociedade intata, sã, dotada de princípios éticos e morais comuns, leis, interiorizados pela grande maioria da sua gente; uma sociedade, com a capacidade de se preservar no espaço e perpetuar-se no tempo, deve fazer.

    Pois, atos contrários a isso são sinais, sintomas de uma anunciada decadência. E cidadãos protagonistas, premeditada e deliberadamente (não por afeto) de tais atos, de A a Z, em qualquer comunidade local e/ou sociedade em geral, são gente perigosa, porque dotada de energia criminosa danada. Devendo também ser entregues à justiça, porque, ultrapassando, ao contrário das suas vítimas, o grau dos simples ladrões, delinquentes, para se fazerem criminosos, assassínios a sangue frio. Não pode ser.

    Obrigado.
    Que Deus/Alah e tudo mais, livre a cada um de nós, bissau-guineenses (Mulheres e Homens) e além, da raiva descontrolada ou ódio sem igual podendo levar à perpetração de um tal género de ato, que não e nunca pode ser.
    Amizade.
    A. Keita

    ResponderEliminar