O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes recusou o pedido de viagem feito pelo ministro do interior, Edmundo Mendes, para participar na reunião de Ministros de Defesa da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), a realizar-se no próximo dia 30 de Maio de 2019, em Luanda, capital de Angola.
O chefe de Governo justifica a sua decisão pelo facto do Edmundo Mendes ter sido suspenso temporariamente das funções.
Primeiro-ministro informa inda que, uma correspondência já foi assinada para informar as instituições nacionais e internacionais da suspensão do ministro do interior.
O chefe de governo guineense, Aristides Gomes, retirou as competências aos ministros da Agricultura e do Interior na "sequência de atos censuráveis e sancionatórios".
No despacho, com data de terça-feira, é referido também que o inspetor-geral do Ministério da Agricultura e o inspetor-geral e secretário geral do Ministério do Interior passam a "despachar diretamente com o primeiro-ministro".
Aristides Gomes, pediu a 16 de maio, em carta enviada ao Presidente guineense, José Mário Vaz, a exoneração dos ministros da Agricultura e do Interior por envolvimento em "atos moral e juridicamente censuráveis".
Na carta, a que a Bissau On-line teve acesso, o primeiro-ministro justifica o pedido de exoneração do ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos, por causa do seu alegado envolvimento no desvio do arroz doado pela China.
Em relação ao ministro do Interior, Edmundo Mendes, o chefe de Governo justifica o pedido de exoneração por ter disponibilizado "forças de intervenção rápida que impediram a execução da ordem de detenção" do ministro da Agricultura e por ter ajudado o Ministério Público a arrombar o armazém da PJ, onde estava arroz apreendido
Fonte: Bissau On-line
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