O presidente de Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, manifestou-se descontente com o desentendimento verificado no festejo de fim de ramadão
Cipriano Cassama que falava, esta sexta-feira, momento após terminar a reza a frente da Câmara Municipal de Bissau disse ainda que os muçulmanos devem cumprir com as orientações de quem estiver a frente.
«Hoje vimos um desagrado, outros a rezarem hoje e outros amanhã o que não pode existir entre nós muçulmanos. Temos que cumprir com as orientações das pessoas que estão a nossa frente».
Por outro lado, pediu aos muçulmanos para não misturarem a política com a religião, tendo revelado que “ o dia de hoje não pode existir só os muçulmanos mas sim guineenses solidários com os muçulmanos. Não pode haver divergência entre os muçulmanos”.
“Não devemos misturar a política com a religião, quem quer fazer política que espere o momento ideal para tal não numa celebração religiosa”, aconselha.
Entretanto, o líder da ANP aproveitou a ocasião para anunciar que na próxima terça-feira governo de Aristides Gomes vai apresentar o seu programa e orçamento geral de Estado.
“Na próxima terça-feira o governo vai apresentar dois instrumentos de governação para isso, quero apelar os guineenses para que não exista mais convulsões e sobressaltos, apelando paz definitivo para que haja confiança entre os guineenses”, explica Cipriano Cassama.
Bairro d´Ajuda
Entretanto, na mesquita de Bairro d´Ajuda, o Imame central mostrou-se surpreendido com a forma como, mais uma vez, os fieis não conseguirem rezar num único dia, uma vez que foi criada uma comissão antes do início da Ramadã.
Aladje Mamadu Iaia Djalo falava ao microfone da RSM, momento depois da reza de 29 dias de sacrifícios, abstinência e jejum por parte dos fiéis muçulmanos.
Aos microfones da RSM, na mesma ocasião, o Procurador-Geral da República Bacari Biai, apela o entendimento no ceio dos fieis assim como para os guineenses.
Bairro Militar
O Imame, Sana Camara, defendeu o diálogo e união no seio dos muçulmanos para que a palavra de deus seja cumprida depois de um período de sacrifícios e abstinências.
No que se tange a possível reza de Ramadão nos dois dias no país, Sana Camara, reconhece que houve falha a celebração do fim do jejum porque “não deve ser dois dias uma vez que a peregrinação só se faz uma vez”.
“Os muçulmanos devem dialogar para evitar muitas divergências”, exorta.
CNI pede muçulmanos para rezarem no sábado
Apesar do governo decretar, esta sexta-feira (15), feriado nacional em consequência da festa do dia de Ramadão, Ustas Aladje Abubacar Djalo, Presidente do Conselho Nacional dos Imames da Guiné-Bissau, disse que respeita a decisão mas sustenta que o consenso conseguido não é da maioria dos muçulmanos guineenses.
Por isso nesta quinta-feira (14), no programa religioso da Rádio Sol Mansi “Voz do Islão”, Ustas diz que, esta sexta-feira, é 30 do Ramadão porque a lua não foi vista.
Ainda, no mesmo programa, Ustas diz que o mundo árabe decreta, esta sexta-feira, o dia da reza mas a lua não foi vista na Guiné-Bissau em todas as zonas contactadas no país e na sub-região.
De referir que a semelhança dos anos anteriores, no país, os muçulmanos não se entenderam relativamente ao dia da reza do fim de ramadão, facto que levou uma parte a rezar hoje e a outra amanhã.
Em Bigene, Biombo, Cacheu, Canchungo e Empada os muçulmanos também rezaram.
Por: Elisangila dos Santos / Nautaram Marcos Có / Braima Sigá / Marcelino Iambi
Imagem: Nautaram Marcos Có
radiosolmansi
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