Por: Umaro Djau II
Há muitos guineenses que têm insistido numa simples narrativa política: "não há outras alternativas políticas".
Ora bem, na Guiné-Bissau houve sempre alternativas.
Vejam só: depois de Nino Veira, veio Malam Bacai Sanhá; depois de MBS, veio Cadogo Jr.; e depois deste, veio DSP. Uma alternativa atrás doutra!
Mas, porquê é que o guineense continua a pensar que não pode haver alternativas credíveis ao PAIGC?
Não há partidos insubstituíveis! Não há pessoas insubstituíveis! Há sempre alternativas.
O grande problema é que o PAIGC nunca aceitou alternativas, sobretudo externas. Mas, mesmo assim, conseguem sempre controlar a narrativa política de que só eles podem.
O guineense tem que começar a acreditar em si próprio. Acreditar de que há sim alternativas. Estas criam-se, se o PAIGC deixar, claro.
Mas, como o PAIGC nunca aceitou que houvessem alternativas, incumbe-nos esta urgente acção e esta nobre responsabilidade de conjuntamente criarmos alternativas credíveis para um país que já chora faz quatro décadas.
Já chega de caos no país. Já chega. Deixemos de acreditar naqueles que têm consistentemente defraudado as nossas esperanças.
Criemos alternativas.
Temos esta obrigação em relação aos que têm investido em nós, os nossos pais, as nossas mães, as nossas comunidades.
Eu, Umaro Djau, estou pronto para esta nobre tarefa de desafiar o status quo.
E tenho a plena certeza de que muitos outros estão prontos também para a construção de um país digno, respeitado e progressivo -- dentro de uma nova realidade política, democrática e governativa.
És uma alternativa. Sou uma alternativa. E juntos podemos ser várias alternativas credíveis e patrióticas.
Basta acreditarmos.
--Umaro Djau, 30 de Janeiro de 2017
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