Bissau,19 Set 17 (ANG) – Alguns cidadãos nacionais responsabilizam o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) pela actual crise política do país, mas há quem considere que mesmo assim o partido pode mudar essa situação e criar condições para um novo arranque.
Ouvidos pela ANG no quadro da comemoração do 61º aniversário da criação desta formação política, o Administrador da Escola Comunitária de Plack 1 Cadjencal Alfredo Bitiba, o Farmacêutico, Samora Candé, a Contabilista Yocatânia da Silva e a estudante Aicha Sanhá afirmaram que o PAIGC é responsável por tudo o que está a acontecer neste momento, devido a sua incapacidade de resolver o seu problema interno.
O Administrador da Escola Comunitário de Plack 1, Cadjencal Alfredo Bitiba assegura que o PAIGC para além da independência política que deu ao povo guineense nada mais fez para desenvolvimento socioeconómico, em comparação com outros países, como Cabo-Verde, por exemplo.
As suas palavras foram reforçadas pelo Farmacêutico Samora Candé que disse que a actual situação é da inteira responsabilidade desta formação, porque não conseguiu encontrar solução, por aquilo que chamou de divergência de ideias, dos problemas transferidas para a Assembleia Nacional Popular (ANP) e que consequentemente determinara o derrube do governo.
Perante esta situação, na sua opinião, o Presidente do PAIGC deve pautar pelo interesse da maioria, neste caso do povo que nesta altura está a sofrer com a crise, apesar de ser o vencedor das eleições de 2014.
Por sua vez, a Contabilista Yocatânia da Silva disse que o PAIGC foi vencedor de várias eleições durante os 23 anos da democracia, mas nunca lhes deram a oportunidade de governar o país.
Acrescentou que os libertadores são responsáveis pela actual crise porque os mentores e as partes desavindas são membros e militantes do partido e não querem o bem desta nação.
No mesmo diapasão a estudante Aicha Sanhá disse que os libertadores é um grande partido, mas é o culpado pela actual crise.
Disse que espera que esta seja a última de todas as crises, e que o partido nunca teve a oportunidade de concluir o seu mandato.
Afirma que apesar de a crise ser provocada pelo PAIGC, acredita que o partido vai ganhar as próximas eleições e criar condições para o arranque do país.
O PAIGC celebra hoje em Gabú, no leste do país o seu 61º aniversário com actividades de caracter política, desportiva e cultural.
Foi a 19 de Setembro de 1956 que Amilcar Lopes Cabral e mais cinco camaradas fundaram, em Bissau, o PAIGC, que volvido sete anos organizou a luta armada que culminou com a indedència du jugo colonial portugues.
ANG/JD /LPG/ÂC/SG
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