Mais de 200 mil euros em roupa foram alegadamente desviados por uma instituição de solidariedade social para serem vendidos clandestinamente em África.
A marca de roupa Salsa doou roupa a uma instituição de solidariedade social para que fosse enviada para a Guiné mas, nunca chegou. O vestuário, avaliado em cerca de 200 mil euros, foi encontrado em Mafra à venda, nas mãos de uma senhora de 33 anos que já foi constituída arguida por suspeita de crimes de burla qualificada e fraude fiscal, noticia o JN.
Também o padre de 79 anos, responsável pela instituição solidária em questão, foi constituído arguido pelos mesmos crimes. Contactado pelo JN, o padre negou as acusações. “Deve haver aí alguma confusão. Tudo o que recebemos é enviado em contentores para a Guiné”, disse o Padre Joaquim Batalha da Fundação João XXIII Casa do Oeste, ao jornal.
Depois de verificar uma quebra acentuada nas vendas na região de Mafra, as lojas associadas à marca Salsa tentaram apurar o problema e, foi aí que descobriram a loja improvisada, e clandestina, da senhora de 33 anos.
A roupa foi apreendida pela GNR, encarregue pelo Ministério Público de tomar conta do caso. “Estes artigos, com um valor estimado em 208 125 euros, haviam sido doados pela respetiva marca a uma instituição particular de solidariedade social para serem enviados para um país da África Ocidental. Não cumprindo a sua responsabilidade, a instituição começou a vender os artigos em feiras”, contou a GNR ao JN.
A GNR afirma que a mulher em causa é colaboradora na instituição mas, o padre nega esse facto adiantando que “não conheço essa pessoa, nem temos nenhuma loja ou espaço onde se venda roupa”.
Andreia Martins Costa
Jornaleconomico.sapo.pt
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