quarta-feira, 8 de março de 2017

PRS E OS ’15’ CONSIDERAM FALSAS E INFUNDADAS DECLARAÇÕES DE MARCEL DE SOUZA EM CABO VERDE

O Partido da Renovação Social (PRS) e o Grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC desmentem as declarações do Presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel Alein de Souza, proferidas, em Cabo Verde, em como teria havido consenso em torno do nome de Augusto Olivais, para chefiar um Governo de inclusão na Guiné-Bissau.

Em comunicado designado “desmentido dos atores sobre a declaração infeliz do Presidente da Comissão da CEDEAO”, os signatários do mesmo documento, a que o jornal O Democrata teve acesso, negam o fato e dizem que a afirmação de Marcel de Souza, de que houve consenso sobre o nome de Augusto Olivais, era falsa e infundada.

Acusam, no entanto, o Presidente da Comissão da CEDEAO de estar a prestar mau serviço à organização comunitária e ao processo de negociações para que se ultrapasse a crise política na Guiné-Bissau.

“É uma afirmação completamente falsa do Presidente da Comissão da CEDEAO de que houve consenso sobre o nome de Augusto Olivais, para ser nomeado Primeiro-ministro do Governo de consenso e inclusivo. Aliás, Marcel de Souza fez essas declarações sem justificação  e nem tão pouco conseguiu explicar em que se baseou o critério da escolha do nome de Augusto Olivais”, acrescenta o documento.

No entendimento do PRS e os “15”, Marcel de Souza simples e deliberadamente quis ignorar que um dos três nomes apresentados para o cargo de Primeiro-ministro deveria ter apoio da maioria das forças políticas no parlamento e ser da confiança do Chefe de Estado.

Pelo contrário, adianta a nota, deve-se notar que o número dos deputados que apoiam o Governo ultrapassa o exigido por lei, para aprovação do Programa do Governo e do Orçamento do Estado.

Relacionando os fatos decorrentes da crise política na Guiné-Bissau e do acordo de Conacri, os signatários do “desmentido dos atores sobre a declaração infeliz do Presidente da Comissão da CEDEAO” entendem que não faz sentido nenhum falar de consenso na pessoa do dirigente do PAIGC, Augusto Olivais, uma vez que não poderia contar com o apoio do PRS, do Grupo dos 15 deputados e demais aliados no hemiciclo.

“É lamentável que o Presidente da Comissão não compreendeu a realidade política vigente no país, porque os sinais que recebe são completamente perturbadores e não lhe permite fazer uma análise mais realista  das posições que as diferentes partes signatárias do documento assumem em diferentes momentos”, lamentam.

Neste sentido, dizem acreditar que teria sido nesse quadro que o Presidente da Comissão da CEDEAO declarou que houve consenso em torno do nome de Augusto Olivais, uma declaração que dizem ser falsa, pois, segundo justificaram, não demostrou os fatos e nem exibiu a ata da reunião de Conacri, onde a sua declaração constasse.

Por: Filomeno Sambú
OdemocrataGB

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