O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, regressou hoje ao país depois de uma ausência de um mês e meio por razões médicas, que levantou questões sobre o seu estado de saúde, assim como apelos à sua resignação.
Buhari disse aos jornalistas que o vice-presidente, Yemi Osinbajo, continuará a assumir a gestão política do mais populoso país africano nos próximos dias, revelou alguns detalhes sobre o seu estado de saúde, como ter sido sujeito a transfusões de sangue, e reconheceu não estar tão doente há décadas.
"Sinto-me muito melhor agora", afirmou, no entanto, de acordo com a agência Associated Press.
Havia até agora poucos detalhes sobre a saúde do chefe de Estado da Nigéria, desde que viajou para Londres em 19 de janeiro, para exames médicos de rotina, e com o regresso previsto para o início de fevereiro, de acordo com as informações então fornecidas pelo Governo nigeriano.
Buhari, 74 anos, acabou por ficar fora do país em tratamentos durante semanas enquanto a ansiedade aumentava na Nigéria, cuja economia contraiu no ano passado, pela primeira vez desde há um quarto de século, e que enfrenta ainda uma crise de segurança sob a ameaça do grupo radical islâmico Boko Haram.
Alguns críticos repudiaram o tratamento da elite no estrangeiro a expensas dos contribuintes nigerianos, enquanto a população do país tem que se conformar com um sistema de saúde sem recursos.
Outros sugeriram que Osinbanjo, um advogado e clérigo com 59 anos, deveria continuar a assumir a presidência do país, uma das maiores economias africanas, assente nos seus recursos petrolíferos.
As próximas eleições presidenciais e legislativas na Nigéria foram agendadas para fevereiro de 2019, de acordo com um anúncio feito hoje pela Comissão Nacional de Eleições do país (INEC).
O INEC explicou que o anúncio da data das eleições com esta antecedência se destina a "permitir o planeamento adequado por parte da comissão, partidos políticos, agências de segurança, candidatos e instituições".
As eleições presidenciais e para o parlamento foram agendadas para 16 de fevereiro de 2019, e as eleições regionais e locais foram marcadas para duas semanas depois, em 2 de março.
NAOM
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