Por LUSA
O ministro ucraniano precisou que são 1.436 os africanos que participam na invasão russa à Ucrânia, embora o número real possa ser ainda maior, admitiu.
Os cidadãos assinam estes acordos por engano ou coação, não apenas por dinheiro, apontou. "Assinar um contrato equivale a uma sentença de morte", escreveu na rede social X.
As declarações do ministro ucraniano surgiram depois de, ainda esta semana, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ter confirmado que 17 cidadãos sul-africanos haviam pedido auxílio a partir da frente de combate, embora o comunicado não tenha indicado de que lado estariam a lutar.
Andri Sibiga afirmou que os cidadãos estrangeiros que se alistam como combatentes nas fileiras russas são utilizados como "carne para canhão", visto não haver consequências para a morte de estrangeiros.
"A maioria dos mercenários não sobrevive mais de um mês", destacou o ministro ucraniano.
Por isso, apelou às pessoas desses países que não se deixem seduzir pelas ofertas de recrutamento da Rússia e, aos que combatem, que aproveitem qualquer oportunidade para desertar e tornarem-se prisioneiros de guerra.
"O cativeiro na Ucrânia oferece um bilhete para a vida e a possibilidade de regressar ao país de origem", disse Sibiga, acrescentando que lutar ao lado da Rússia "é ilegal, imoral e viola a Carta das Nações Unidas e o direito internacional".
O ministro ucraniano pediu aos governos africanos e de todo para alertarem os seus cidadãos sobre os perigos de se alistarem como combatentes nas fileiras do exército russo e, ao mesmo tempo, a prestarem máxima atenção para prevenirem dentro das suas fronteiras as campanhas de recrutamento.

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