terça-feira, 4 de novembro de 2025

Amadora-Sintra envia condolências à família de grávida quatro dias depois... O hospital Fernando da Fonseca telefonou esta terça-feira pela primeira vez à família de Umo Cani, e da sua recém-nascida, para apresentar os seus "sentidos pêsames". Recorde-se que a grávida e a sua filha morreram no hospital durante o fim de semana.

Por  noticiasaominuto.com

O Hospital Fernando da Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra, apresentou esta terça-feira as condolências à família da grávida e da bebé que morreram nesta unidade de saúde durante o fim de semana.

A notícia foi avançada pela RTP e confirmada ao Notícias ao Minuto pelo hospital, que afirmou que "hoje foi [feito] um telefonema institucional de sentidos pêsames". 

No entanto, realça, que "as condolências foram dadas na altura do óbito pela médica que recebeu" a grávida no hospital.

As condolências chegam à família de Umo Cani e da recém-nascida quatro dias depois de ambas morrerem no hospital - um caso que gerou polémica na sociedade portuguesa e levou a diversas críticas à ação (ou falta dela) do Governo na área da Saúde.

Segundo a RTP, o hospital terá ainda manifestado à família a sua disponibilidade "para prestar todo o apoio psicológico que for entendido como necessário".

Recorde-se que a mulher morreu na passada sexta-feira, 31 de outubro, após chegar ao Amadora-Sintra em paragem cardiorrespiratória.

No dia anterior, Umo Cani, de 36 anos, grávida de 38 semanas, tinha estado neste mesmo hospital e foi enviada para casa, apesar de ter sido diagnosticada com hipertensão. 

"A grávida foi referenciada à nossa consulta [na quarta-feira], tendo chegado a Portugal relativamente recentemente. O seguimento da gravidez não foi o seguimento ideal", esclareceu Diogo Bruno, o Diretor do Serviço de Ginecologia e Obstétrica do Amadora-Sintra.

Já a bebé nasceu de uma cesariana de emergência, mas ficou em estado muito grave, acabando por não resistir e morrer um dia depois da mãe, no sábado, 1 de novembro.

O hospital anunciou a abertura de um inquérito interno, para averiguar os contornos da situação, o qual se seguiu de perto por dois outros da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e do Ministério Público (MP).

O caso já ganhou também contornos políticos, com vários líderes partidários a tecerem duras críticas ao Governo. Inicialmente, alguns chegaram a pedir a demissão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins - algo que a própria, rapidamente recusou.


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O caso ocorreu na Maternidade Daniel de Matos, integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal. Um bebé morreu na barriga da mãe, que estava em final de gravidez.



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