© Reuters Lusa 17/12/2024
EUA rejeitam apoiar operação que matou general russo em Moscovo
A Rússia acusou hoje os países ocidentais de serem "cúmplices" do assassinato de um general russo em Moscovo, reivindicado pela Ucrânia, enquanto os Estados Unidos rejeitaram apoiar este tipo de operação.
Um alto funcionário norte-americano, citado pela AFP, afirmou que Washington não soube antecipadamente do ato e "não apoia" este tipo de operação.
Kirillov foi vítima hoje de manhã de um atentado bombista em Moscovo reivindicado pelos serviços especiais ucranianos, de acordo com fontes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) citadas pelas agências noticiosas ucranianas Ukrinform e UNIAN.
As fontes sublinharam que Kirillov "era um criminoso de guerra e um alvo completamente legítimo" e denunciaram que "deu ordens para utilizar armas químicas proibidas contra o exército ucraniano".
"O castigo para os crimes de guerra é inevitável", afirmaram as mesmas fontes do SBU não identificadas pelas agências ucranianas.
"Todos os que felicitam estes ataques ou se remetem ao silêncio deliberadamente são cúmplices", comentou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, acusando os aliados de Kiev de "aprovarem crimes de guerra".
O ataque ocorreu um dia depois de o SBU ter acusado Kirillov de alegada responsabilidade na utilização de armas químicas na Ucrânia, no âmbito da invasão desencadeada em fevereiro de 2022 por ordem do Presidente Vladimir Putin.
As autoridades russas estão a investigar o ataque como um caso de terrorismo.
Igor Kirillov, que morreu aos 54 anos, comandava as tropas de defesa radiológica, química e biológica desde abril de 2017.
Estas tropas são responsáveis pela luta contra os efeitos das armas nucleares, radiológicas, biológicas e químicas, geralmente conhecidas como armas de destruição maciça, e também por operações de segurança civil em caso de acidente nuclear, bacteriológico, químico ou ambiental.
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