Bissau, 20 out 23 (ANG) - Um grupo de 15 jovens guineenses, que se encontrava no Niger, regressou esta sexta-feira ao país, e foram recebidos no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pela Secretária de Estado das Comunidades, Mária Luísa Embaló.
Em declarações à imprensa, após ter recebido o grupo, a Secretária de Estado das Comunidades qualificou de tristes as circunstâncias da morte de um dos elementos do grupo, por alegada falta de assistência médica.
Maria Embaló avançou que antes de serem reintegrados no seio familiar vão ser submetidos a um conjunto de exames médicos para se saber dos seus estados clínicos.
Segundo a Secretária de Estado das Comunidades, os 15 puderam regressar ao país graças aos mecanismos acionados pelo o Executivo, após ouvir o grito de socorro e o desejo do grupo de regressar à casa.
“A emigração irregular é muito complicada, por isso encorajo-vos a procurarem emprego no país ou elaborarem projetos e submetê-los ao governo ou aos parceiros de desenvolvimento para obter financiamento”, disse a Secretaria de Estado das Comunidades.
Quanto aos dois jovens que ficaram no Niger, a Secretaria de Estado disse que o Governo vai trabalhar para que possam regressar ao país caso desejassem, e garante que o Executivo fará as mesmas diligências para que os mais de 100 guineenses que se encontram na Líbia pudessem igualmente voltar ao país. Um grupo de mais de 30 regressaram recentemente da Líbia.
Em nome do grupo dos que vieram do Níger, Abdu Queita, disse que alguns foram apanhados na Argélia e outros na Tunísia antes de serem agrupados na zona fronteiriça dos dois países numa prisão durante dois meses e vinte quatro dias.
A partir daí, segundo Queita , tiveram um longo percurso até chegar a Niamey, capital do Niger, passando por dificuldades de vária ordem e momentos assustadores.
“Só quando chegamos a Niamey é que conseguimos entrar em contacto com o Embaixador da Guiné-Bissau no Níger para nos ajudar a regressar ao país. Passamos por muitas dificuldades... desde insuficiência da comida à más condições dos locais onde dormíamos”, disse.
Abdu Queita agradece à todos os que intervieram para que possam regressar ao país, particularmente ao Governo, embaixador no Níger e aos órgãos de comunicação social, pela divulgação das suas mensagens.
Instado a confirmar se sofreram alguma tortura ao longo do percurso ou nas prisões, Abdu Queita disse que não, mas diz que alguns perderam seus documentos, tais como passaporte e Bilhete de identidade.
Abdu Queita aconselha à todos os jovens guineenses para não aceitarem optar-se pela emigração ilegal, por ser muito difícil e perigosa .
“Tem riscos de perda de vida e de detenção pelas autoridades estrangeiras de países de trânsito”, disse Queita.
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