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POR LUSA 12/09/23
Taiwan afirmou hoje ter detetado 22 aviões militares chineses e 20 navios de guerra nas proximidades da ilha nas últimas 24 horas, numa altura em que Pequim está a intensificar as suas atividades militares na região.
No fim de semana, navios de guerra dos Estados Unidos e Canadá passaram também pelo Estreito de Taiwan, desafiando as reivindicações territoriais da China.
Na segunda-feira, Pequim enviou uma formação naval liderada pelo porta-aviões Shandong para cerca de 70 milhas (110 quilómetros) a sudeste de Taiwan. Segundo órgãos oficiais chineses, as embarcações foram realizar exercícios de simulação contra ataques lançados por aviões, submarinos, navios de guerra e meios terrestres.
Treze dos aviões militares chineses detetados na terça-feira atravessaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma zona de demarcação não oficial entre a China e Taiwan, informou o ministério da Defesa de Taiwan.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Nos últimos anos, Pequim passou a enviar quase diariamente navios e aviões de guerra para próximo de Taiwan.
"O período entre julho e setembro deste ano registou o pico na frequência dos exercícios" das Forças Armadas da China, afirmou o Major-General Huang Wen-Chi, vice-chefe adjunto do Estado-Maior para as Informações, do ministério da Defesa de Taiwan, em conferência de imprensa.
"Há muita atividade de navios de guerra nas águas que rodeiam o Estreito de Taiwan. Havia também um grande número de navios de guerra a operar em diferentes áreas no Mar do Sul da China e no Mar do Leste da China", disse.
Huang afirmou que as Forças Armadas de Taiwan vão continuar a monitorizar os movimentos dos aviões e navios de guerra chineses.
No sábado, o USS Ralph Johnson e a fragata HMCS Ottawa da Marinha Real Canadiana, da classe Halifax, atravessaram o Estreito de Taiwan. O momento coincidiu com uma cimeira de líderes do Grupo dos 20 em Nova Deli.
Os EUA atravessam habitualmente o Estreito em operações que afirmam visar a defesa da "liberdade de navegação", mas que a China considera tratarem-se de ações provocatórias.
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