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POR LUSA 27/09/23
O Presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmou hoje o seu apoio ao Presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, no mesmo dia em que o embaixador francês no país chegou a Paris após ser expulso pelos golpistas.
De acordo com a Presidência francesa, Macron manteve uma conversa com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo deposto, Hassoumi Massaoudou, a quem garantiu que a França continua a trabalhar com os países vizinhos e a comunidade internacional para tentar devolver Bazoum ao poder.
O Presidente francês manifestou "a determinação da França em prosseguir os seus esforços junto dos chefes de Estado da CEDEAO e dos seus parceiros europeus e internacionais para o regresso à ordem constitucional no Níger", segundo uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
O chefe de Estado francês procurou inteirar-se ainda sobre a situação de Bazoum, mantido refém há dois meses pelos golpistas, a situação no Níger e a deterioração da luta contra o terrorismo no Sahel.
Também hoje chegou a Paris o embaixador francês em Niamey, tendo sido recebido pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, na primeira etapa da retirada gradual da França do Níger anunciada no passado domingo por Macron.
A chefe da diplomacia francesa, Catherine Colonna, "recebeu-o no Quai d'Orsay para lhe agradecer o seu trabalho e o das equipas que o rodeiam ao serviço do (...) país, em condições difíceis", declarou o Ministério numa declaração escrita.
O Presidente francês, que tinha falado do "sequestro" do seu embaixador na legação diplomática, de onde não podia sair, garantiu que vai pôr fim à cooperação militar com os golpistas do Níger, o que resultará na saída dos 1.500 soldados destacados nesse país para lutar contra o terrorismo jihadista.
Após várias semanas de braço de ferro com o regime do Níger, que emergiu de um golpe de Estado no final de julho, Paris acabou por chamar o seu embaixador, que deixou Niamey com seis colegas na quarta-feira "por volta das quatro da manhã" (mesma hora em Lisboa), disse uma fonte diplomática à agência AFP.
Desde o golpe de Estado, a França tem afirmado que não reconhece a legitimidade dos militares no poder e que o seu interlocutor continua a ser o Presidente derrubado Mohamed Bazoum.
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