© Reuters
POR LUSA 21/09/23
O exército ucraniano reivindicou hoje ter atacado um aeródromo militar russo perto da cidade de Saky, na Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscovo que serve de base à Rússia para a invasão da Ucrânia.
"As forças de defesa ucranianas realizaram um ataque combinado contra um aeródromo militar dos ocupantes perto da cidade de Saky", disse o centro de comunicações do exército na rede social Telegram, sem avançar mais pormenores.
Uma fonte do serviço de segurança ucraniano (SBU) afirmou à agência noticiosa France-Presse (AFP) que se tratou de uma operação conjunta dos serviços secretos e das forças navais.
Os ucranianos recorreram a um grande número de 'drones' (aeronaves voadoras não tripuladas) "que esgotaram o sistema de defesa aérea russo antes de [as forças de Kyiv] lançarem os projéteis 'Neptune'", um novo míssil de cruzeiro de fabrico ucraniano com um alcance de 300 quilómetros, acrescentou a fonte.
O ataque, ainda não confirmado por fontes russas, infligiu "sérios danos ao equipamento dos ocupantes", enquanto pelo menos 12 caças 'Su-24' e 'Su-30' estavam no aeródromo no momento do ataque, disse a fonte, prometendo que Kyiv iria intensificar os seus ataques contra a península.
A Crimeia, sob controlo de Moscovo desde 2014, é cada vez mais alvo dos ataques ucranianos.
Quarta-feira, as autoridades instaladas pela Rússia na Crimeia anunciaram que tinham frustrado os ataques de mísseis e 'drones' ucranianos contra Sebastopol e a zona em redor deste importante porto utilizado pela frota russa.
De acordo com o governador de Sebastopol, Mikhail Razvojaev, as forças ucranianas atacaram a cidade com mísseis e duas cidades vizinhas, Katcha e Verkhnessadovoye, com 'drones'.
A 13 deste mês, um ataque danificou dois navios e feriu 24 pessoas num estaleiro naval em Sebastopol. Em agosto, um ataque particularmente forte envolvendo 42 'drones' visou a península, na sequência de uma operação de comando das forças ucranianas.
O exército ucraniano também tem atacado repetidamente navios russos que navegam no Mar Negro ou atracados na Crimeia e em portos russos ao longo da costa.
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