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POR LUSA 07/08/23
A antiga rebelião tuaregue do norte do Mali acusou hoje o exército do país e o grupo paramilitar russo Wagner de perpetrarem um ataque a uma das suas bases na sexta-feira, no qual foram mortos dois dos seus homens.
"Após o cruzamento de informações com provas concretas, a CMA [Coordenação dos Movimentos do Azawad, ex-rebelião] está em condições de afirmar que este ataque foi perpetrado pelas forças armadas malianas e pelos seus auxiliares da Wagner", disse a antiga rebelião num comunicado enviado à agência France-Presse.
A junta militar no poder no Mali desde 2020 afastou-se da França para se virar política e militarmente para a Rússia, embora negue a presença do grupo de mercenários russos Wagner e fale de instrutores do exército russo destacados em nome da cooperação entre Estados.
Os antigos rebeldes informaram na sexta-feira que tinham sido atacados no mesmo dia em Foïta (norte) por "homens armados em três veículos", sem especificar quem eram.
Posteriormente, condenou um "ato odiosamente premeditado" e "concluiu que se tratava de um desafio deliberado ao cessar-fogo de 23 de maio de 2014 e aos dispositivos de segurança" acordados entre Bamaco e os ex-rebeldes.
A CMA "denuncia mais uma vez a atitude belicosa do governo (maliano) e apela à mediação internacional como testemunha das consequências que podem resultar desta atitude".
Desde há vários meses que as relações entre Bamaco e a antiga rebelião são tensas e ameaçam o acordo de paz assinado sob a égide da Organização das Nações Unidas.
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