Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi / Iaia Quadé radiosolmansi.net
Os populares da tabanca de Sancorla, pertencente a região de Bafatá, leste do país, acusam o Procurador-Geral da República (PGR), Bacari Biai, de estar a usar à força do poder para expulsá-los das suas próprias terras.
Estas acusações foram feitas por um grupo de pessoas que procurou a RSM para apresentarem as suas denúncias relativamente ao suposto comportamento do Procurador em relação a terra que lhes pertence. O porta-voz do grupo, Faram Bamba, disse que o terreno pertence aos seus antepassados e agora está a ser-lhes retirado à força.
“(...) Ao voltarmos para o local vimos que ele (Bacari Biai) tinha colocado um pilar para delimitar o terreno e disse-nos para sair até ao final do mês, mas ele veio com as forças de segurança”, acusa.
O porta-voz dos populares de Sancorla disse ainda que em nenhum momento receberam a sentença judicial que determina a perda do terreno a favor do atual PGR.
“B acari veio aqui a trabalhar e a semear as plantações e nós não podemos tirá-lo?”, questionam os populares que dizem que ainda estão a espera da decisão judicial que “nunca esteve aqui no local para confirmar as delimitações”.
Os populares pedem ainda a intervenção do Presidente da República e do Primeiro-Ministro na resolução deste problema que vem arrastando a mais de 15 anos e que só em 2015 é que foi julgado e proferida a sentença contra as atuais ocupantes.
“Bacari veio aqui a abusar da sua força e está a tomar à força os nossos cajueiros”, acusam.
PGR REFUTA ACUSAÇÕES
Em reação a estas denúncias, e numa entrevista exclusiva à RSM, Bacari Biai, atual Procurador Geral da República, refutou todas as acusações e sustenta que o terreno em litigio, pertencia ao seu pai.
Bacari diz que existe uma decisão judicial, desde 2015, que dá razão a sua família.
“Estas pessoas têm terrenos suficientes e têm mais de 4 hortas para cada membro da família. Eles já venderam as matas por dezenas de pessoas e inclusive ofertaram também o terreno a outras pessoas”, explica.
Bacari Biai garante o ´timing´ dado é até ao próximo mês de outubro, caso contrário vai mandar arrasar todo o cajual.
“Quando vou tirá-los, vou com tratores para arrasar toda a plantação do cajueiro. Estou espera para o juiz retomar o trabalho porque as férias do ano judicial estão a acabar”, garante.
Este problema de terreno começou em 2005 e em 2015, segundo informações, houve a intervenção da justiça que teria dado razão ao cidadão Bacari Biai, atual PGR. Esta é a segunda vez que este problema vem á toma.
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