sábado, 2 de abril de 2022

Zelensky diz que russos estão a deixar minas "até nos corpos das vítimas mortais"

Cnnportugal.iol.pt

 Chefe de Estado ucraniano alerta para situação catastrófica após a retirada das tropas russas do Norte do país, adiantando que os russos "estão a minar o território inteiro, casas, infraestruturas, até os corpos das vítimas mortais"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou a população para uma "situação catastrófica" após a retirada das tropas russas do norte do país, acusando-as de deixarem "imensas armadilhas" pelo território.

Numa mensagem em vídeo divulgada na madrugada deste sábado, Zelensky reconheceu que as forças russas estão a cumprir a retirada do norte do país, "lentamente, notoriamente".

Mas deixou um alerta: "Depois da sua retirada, a situação vai ser catastrófica e vai continuar a haver imenso perigo."

Além de prever ataques aéreos, o chefe de Estado ucraniano adiantou que os russos "estão a minar o território inteiro, casas, infraestruturas, até os corpos das vítimas mortais".

"Há imensas armadilhas e outros perigos. Nós estamos a avançar cuidadosamente", assinalou, apelando às pessoas que queiram regressar aos territórios agora desocupados para que tenham "muito cuidado".

"Ainda não é possível regressar à vida normal, como costumava ser, mesmo nos territórios que estamos a recuperar. Precisamos de esperar até que a nossa terra deixe de estar minada, até que consigamos assegurar que não haverão novos bombardeamentos", acrescentou.

Apesar da retirada das tropas russas do norte da Ucrânia, Zelensky sublinhou que no leste do país "a situação permanece muito difícil". "As tropas russas estão a concentrar-se no Donbass, em direção a Kharkiv. Eles estão a preparar-se para novos ataques poderosos", adiantou.

Além disso, acrescentou, "a Rússia está a tentar recrutar pessoas na Crimeia". "É uma violação dos direitos humanos e um crime de guerra. É também um novo argumento para apertar as sanções contra a Rússia", considerou, apelando, assim, aos líderes ocidentais para um novo reforço das sanções contra Moscovo, algo que já tem vindo a ser ponderado pelos Estados Unidos, entre outros.

Do lado da Ucrânia, Zelensky garantiu que as tropas estão a preparar "uma defesa ainda mais ativa", utilizando "todos os recursos, quer internos, quer externos".

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