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Por LUSA 02/04/22
A ex-procuradora internacional Carla Del Ponte pediu ao Tribunal Penal Internacional um mandado de prisão para o Presidente russo, Vladimir Putin, após a invasão à Ucrânia.
"Putin é um criminosos de guerra", afirmou Del Ponte, em declarações ao diário suíço Le Temps, notando que a emissão de um mandado de detenção é necessária para responsabilizar Putin e outros dirigentes pelos crimes cometidos desde a invasão da Ucrânia.
Para Carla Del Ponte, a antiga procuradora que se tornou conhecida após lidar com casos como o genocídio no Ruanda, esta é a única forma de prender um "autor de um crime de guerra" e colocá-lo perante a justiça internacional.
No entanto, ressalvou que a emissão do mandado não garante a prisão de Putin, caso este continue na Rússia.
Contudo, o Presidente russo ficará impossibilitado de deixar o país, o que constitui "um sinal de que muitos estados estão contra ele".
Por outro lado, defendeu ser preciso encontrar provas que incriminem altos funcionários políticos e militares.
"A dificuldade é justamente chegar ao topo da cadeia de comando para identificar quem planeou, ordenou e executou esses crimes de guerra", concluiu.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.276 civis, incluindo 115 crianças, e feriu 1.981, entre os quais 160 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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Notícias ao Minuto 02/04/22
Os corpos de pelo menos 20 homens vestidos com roupas de civis foram alinhados hoje numa rua em Busha, uma cidade a noroeste de Kyiv, que os soldados ucranianos acabam de recuperar às forças russas, constatou um repórter da AFP.
Um dos homens tinha as mãos atadas e os corpos estavam espalhados por várias centenas de metros.
Não ficou imediatamente claro o que causou a morte destes homens, mas uma pessoa apresentava uma grande ferida na cabeça.
Nos últimos dias, as forças russas retiraram-se de vários locais próximos da capital, após uma tentativa falhada de a cercar.
A Ucrânia anunciou que Bucha tinha sido "libertada", mas a cidade foi devastada pelos combates: os jornalistas da agência AFP viram buracos de cartuchos vazios em edifícios de apartamentos e numerosos destroços de automóveis.
Dezasseis dos cerca de 20 corpos encontrados estavam no pavimento ou na sua beira. Três estavam no meio da estrada e um no quintal de uma casa.
Um passaporte ucraniano aberto estava no chão, ao lado da pessoa cujas mãos estavam atadas atrás das costas, com um pedaço de pano branco.
Todos os homens mortos vestiam casacos de inverno ou tops de fatos de treino, calças de ganga ou de jogging e ténis ou botas. Dois jaziam ao lado de bicicletas, outro ao lado de um carro abandonado.
Alguns estavam deitados de bruços, enquanto outros estavam de costas.
A pele dos rostos tinha uma aparência cerosa, sugerindo que os corpos já lá estavam há pelo menos vários dias.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Pelo menos dois soldados morreram, informou o Departamento de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.
ODepartamento de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou este sábado que os residentes de Izium, cidade tomada pelos russos, “ofereceram” bolos envenenados às forças de Moscovo, resultando na morte de dois soldados.
“Os residentes do distrito de Izium ‘ofereceram’ bolos envenenados aos ocupantes”, revelou o organismo na sua página do Twitter, acrescentando que, consequentemente, “dois morreram”.
Além disso, 28 militares russos foram transportados para uma unidade de cuidados intensivos local, enquanto outros 500 estão hospitalizados devido a uma intoxicação alcoólica “de origem desconhecida”...Ler Mais
Perto de 300 pessoas foram enterradas "em valas comuns" em Busha, uma cidade perto de Kyiv que tem sido palco de violentos combates e que foi recuperada pelos soldados ucranianos aos russos, revelou hoje o presidente do município.
"Em Busha, já enterrámos 280 pessoas em valas comuns" porque era impossível fazê-lo nos três cemitérios do município, todos eles ao alcance dos militares russos, disse Anatoly Fedoruk à agência AFP, por telefone.
Localizada a cerca de 25 quilómetros de Kiev, Busha foi recentemente recuperada pelos soldados ucranianos às forças russas...Ler Mais
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