Com LUSA 25/02/22
Os embaixadores de Estados-membros da União Europeia representados na Guiné-Bissau pediram hoje ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, para se associar à organização na condenação da invasão da Rússia à Ucrânia.
@Radio TV Bantaba A União Europeia vive tempos difíceis e tristes, afirma a Embaixadora delegada da União na Guiné-Bissau. Sónia Neto solicitou o Presidente Umaro Sissoco Embaló para se juntar a posição comum da União Europeia em condenar agressão militar russa na Ucrânia."Viemos solicitar, a sua Excelência o senhor Presidente da República, a sua magistratura de influência para se associar também à voz da União Europeia e dos seus Estados-membros", afirmou a embaixadora da União Europeia em Bissau, Sónia Neto.
A embaixadora falava à imprensa após um encontro com Umaro Sissoco Embaló, acompanhada dos embaixadores de Portugal, José Caroço, França, Terence Wills, e Espanha, Antonio Zavala.
"Viemos reforçar junto do Presidente da República a voz e posição comum e muito firme da União Europeia e dos seus Estados-membros nestes tempos difíceis e muito tristes para a Europa e para o mundo", afirmou a embaixadora.
Sónia Neto salientou que a União Europeia e os seus Estados-membros "condenam com a maior veemência possível a agressão militar não provocada e injustificada da Federação Russa à Ucrânia".
"Com as suas ações militares a Rússia está a violar flagrantemente o direito internacional e os princípios da Carta das Nações Unidas e a comprometer a segurança, a paz e a estabilidade não só a nível europeu, mas a nível mundial", sublinhou, acrescentando que a Ucrânia também tem o direito de escolher o seu próprio destino.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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