O grupo acusado de invadir a sede do PAIGC recusou hoje ter tomado de assalto o partido, salientando que apenas queriam exigir os seus direitos enquanto militantes.
Segundo Buli Djabuli, o grupo Dirigiu-se ao partido por vias democráticas e para mostrar ao presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, que não concordaram com a forma como está a dirigir o partido. Buli Djabuli negou também ter levado armas, nomeadamente catanas e facas e disse que os confrontos provocaram cinco feridos ligeiros.
Os jovens queriam entregar hoje, de acordo com Buli, uma petição a pedir a demissão de Domingos Simões Pereira.
Em reação, o advogado do PAIGC, Carlos Pinto Pereira, garante que, se for uma decisão judicial, o partido foi instruído a cumpri-la. Se for pelo argumento do decreto que prorroga o estado de alerta para o adiamento da conferência do setor autónomo de Bissau, o advogado do PAIGC não escondeu a sua estranheza.
Carlos Pinto Pereira, disse que há uma contradição na interpretação da lei pelas autoridades na prorrogação do Estado de alerta, pois, segundo ele, não só viola os direitos dos militantes do PAIGC como também impedir a realização do décimo congresso do partido. Carlos Pinto Pereira disse que o partido repudia esta atuação das autoridades do país, que nada abona uma sã convivência num estado de direito.
O PAIGC, através duma nota, instruiu a todas as estruturas do partido a prosseguirem com os trabalhos para a realização das conferências agendadas, respeitando as regras de distanciamento social e uso de máscaras individuais.
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