segunda-feira, 22 de março de 2021

British Motor Racing Team Signs 13-Year-Old Nigerian

By Gabriel Eromonsele  Dailytrust.com  Mon Mar 22 2021

British motor racing team McLaren has snapped up Nigeria-born teenage racing sensation Ugo Ugochukwu to a long-term deal that would see the racing giants support his development through motorsport’s junior categories.

Although the length of the deal was not disclosed, the Surrey-based team would have first option on Ugochukwu’s services in the future.

The deal was made public on McLaren’s website on Monday evening.

Disclosing why the team went after Ugochukwu, CEO Zak Brown said they have been watching the teenage sensation who is a Kart racing champion both in USA and Europe.

“We’ve been watching Ugo’s progress with interest, so when the opportunity to sign an agreement with him became available, we had no hesitation moving on it. Now we’ll focus on giving Ugo the right support when he needs it to help him fulfil his potential,” Brown stated.

McLaren F1 Team Principal Andreas Seidl also waxed lyrically about Ugochuckwu’s future prospects and praised his team for snapping up the New York-based athlete.

“Ugo is a promising young talent with strong development prospects. While he is still early in his career, it is clear he has the ingredients to be successful in the sport. This signing reflects our refocused approach to identifying and supporting new talent, away from a formal young driver programme to a more tailored basis.”

The 2020 FIA OKJ European Championship winner, Ugochukwu, who started racing in 2013 was elated about joining McLaren but added that he is focused on his development.

“I’m honoured to be signed by such an iconic team as McLaren Racing so early in my career. To have the support of McLaren is fantastic and what any young driver dreams of. I’m focused right now on developing as a driver and racer, so having McLaren by my side can only help me on and off the track,” he said.

NIGÉRIA - Familiares de vítimas de ataque a escola na Nigéria bloqueiam estrada

Por LUSA

Dezenas de manifestantes reuniram-se em Kaduna, no norte da Nigéria, e bloquearam uma das principais estradas da região, exigindo a libertação de 39 estudantes raptados de um colégio interno há cerca de 10 dias.

Os manifestantes - colegas e famílias das vítimas - montaram uma barricada em frente a uma escola profissional na periferia da capital do estado, causando uma forte perturbação no trânsito, segundo a agência de notícias France-Presse.

Os homens armados atacaram o internato da escola em 11 de março, para realizarem um outro rapto em massa de crianças em idade escolar, para resgate, ataques que se estão a tornar muito comuns no norte e centro da Nigéria.

O Exército conseguiu resgatar quase 180 estudantes no rescaldo do ataque, mas 39 crianças, 23 raparigas e 16 rapazes, continuam reféns de "bandidos", nome dado aos grupos criminosos que aterrorizam a população, roubam gado e saqueiam aldeias.

Os manifestantes levavam cartazes com frases como: "Tragam os nossos filhos de volta" e "É um crime ir à escola?",

As mães dos estudantes raptados (com 17 ou mais anos) tinham na mão fotos dos filhos e choravam enquanto se sentavam na estrada.

"Pedimos-te, Deus, que tenhas piedade de nós, que ajudes a salvar os nossos filhos, que toques nos corações dos seus raptores", implorou uma mãe vestida de preto, com ambas as mãos levantadas para o céu, em súplica.

Kambai Sam, presidente de uma associação de pais de estudantes raptados, criticou fortemente a forma como as autoridades estão a lidar com esta crise.

"Confiámos no Governo e no pessoal escolar para libertar os nossos filhos ilesos, mas isto não pode estar a acontecer", disse.

Este é pelo menos o quinto rapto de crianças e jovens estudantes na Nigéria nos últimos três meses.

Vários estados no centro e norte da Nigéria encerraram escolas por razões de segurança, o que suscita receios de um aumento do abandono escolar, especialmente entre as raparigas, nestas zonas rurais pobres que já têm uma taxa mais elevada de crianças que não frequentam a escola no país.

União Europeia. Agricultura deve preferir agentes biológicos a pesticidas

@Faladepapagaio

Por Notícias ao Minuto  22/03/21 

Os ministros da Agricultura da União Europeia (UE) querem aprovar em junho uma proposta para Bruxelas avaliar a situação dos agentes biológicos como alternativa a pesticidas no controlo de pragas nas plantas para produção alimentar com mais qualidade.

Falando em conferência de imprensa no final do primeiro dia da reunião dos ministros da Agricultura da UE, Maria do Céu Antunes salientou que no Conselho de junho deverá ser apresentada, "para adoção definitiva", a proposta de decisão solicitando à Comissão que realize um estudo "sobre a situação dos agentes de controlo biológico, a sua importação, a produção, a avaliação e o uso destes micro-organismos".

A ministra salientou ser "da maior importância" a discussão sobre os agentes biológicos que -- no âmbito da Estratégia do Prado ao Prato e do pacto Ecológico Europeu -- "quer apoiar agricultores para uma transição mais verde, mais justa e inclusiva".

O Conselho de Ministros da Agricultura da UE defendeu ainda a avaliação "de possíveis opções que possam promover uma maior harmonização de procedimentos entre os vários Estados-membros para facilitar o acesso a todos os agricultores e apoiar o investimento na inovação".

A prontidão da UE para proteger a agricultura contra pragas de forma a produzir alimentos cada vez mais seguros foi outro tema em debate.

A reunião termina na terça-feira com a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) em agenda.

Portugal assumiu como uma das prioridades da sua presidência semestral do Conselho da UE a conclusão da PAC 2021-2027 esta primavera, de modo a que possa entrar em vigor em 10 de janeiro de 2023, vigorando até lá medidas provisórias.

Audiência com o Presidente da Juventude da Renovação Social, Sr. Vladimir Djomel e a sua delegação...

Esta audiência serviu para passar em revista os diferentes assuntos relacionados com agenda da JRS-SAB e  partilhar informações sobre a iniciativa em curso da organização da 1ª Academia de Formação Politica "Dr. Kumba Yala". 

Igualmente reforçar o pedido anteriormente formulado sobre a concessão de uma avenida na cidade de Bissau com o nome do fundador do Partido da Renovação Social (PRS) - Dr- Kumba Yala.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

CERIMÓNIA DE ENTREGA DE VACINAS DOADAS PELO GRUPO SUL AFRICANO DE TELECOMUNICAÇÕES MTN.


Guiné-Bissau: O país recebeu hoje (22.03.2021),12,000 doses de Vacina 
Astrazeneca através de União Africana, uma doação do grupo Sul-Africano MTN.
Segue as reações das autoridades na cerimônia da entrega:CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

A alta comissária para COVID-19 na Guiné-Bissau anunciou hoje que as 12.000 doses de Vacina AstraZeneca recebidas esta segunda-feira, vão ser destinadas para os técnicos que estão a trabalhar diretamente na luta contra a pandemia.

Magda Nely Robalo falava aos jornalistas no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira após receção da doação, na qual informou que os técnicos do Setor autónomo de Bissau são os priorizados.

Rádio Jovem Bissau

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Por Alto Comissariado para o Covid-19

MTN disponibiliza ao Estado da Guiné-Bissau 12 mil doses de Vacina contra a COVID-19.

"A Alta Comissária para a COVID-19 referiu ser hoje ”um dia importante para a Guiné-Bissau no combate à COVID-19, com o receber destas primeiras doses da vacina contra a COVID-19. Em nome do povo e do Estado Guineense, o Alto Comissariado agradece a MTN pela parceria com a

União Africana e a África CDC, que tornou possível esta doação.”"


PGR da Guiné-Bissau marca nova data para ouvir presidente do Supremo Tribunal de Justiça


A Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau renovou o pedido feito ao Conselho Superior de Magistratura Judicial para ouvir o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, com base numa denúncia feita em abril de 2018.

Na carta enviada ao Conselho Superior de Magistratura Judicial, a que a Lusa teve hoje acesso e com data de 19 de março, o procurador-geral da República, Fernando Gomes, renova o "pedido de comparência ou escolha do local de prestação de declarações perante o Ministério Público junto do plenário do Supremo Tribunal de Justiça" de Paulo Sanhá pelo "cometimento de crimes públicos" para quarta-feira às 14:00 locais (mesma hora em Lisboa).

O procurador-geral da República da Guiné-Bissau já tinha pedido ao Conselho Superior de Magistratura Judicial para ouvir Paulo Sanhá, no passado domingo, dia 21.

O procurador-geral da República que ouvir o presidente do Supremo Tribunal de Justiça com base numa denúncia, "que se encontra autuada com a data de 13 de abril de 2018", feita por "Bubacar Bari contra o juiz conselheiro Paulo Sanhá", por alegada "denegação da justiça, prevaricação, abuso de poderes e administração danosa, ou seja, desvio de avultados fundos para proveito próprio, enquanto presidente do Supremo Tribunal de Justiça".

O Supremo Tribunal de Justiça realiza este ano eleições para a nova direção daquele órgão judicial.

Em fevereiro, o procurador-geral da República foi convocado pelo Tribunal Regional de Bissau para um julgamento num processo de alegados desvios de fundos públicos, quando exercia o cargo de ministro.

O início do julgamento está previsto para 25 de março.

Por: LUSA

Política - Presidente da República promete batizar uma Avenida com nome de Kumba Yalá


Bissau, 22 Mar 21 (ANG) – O Presidente da República prometeu batizar  uma Avenida da capital Bissau, com o nome do falecido líder fundador do Partido da Renovação Social(PRS), Kumba Yala,  no próximo dia 04 Abril, data em que se assinala a sua morte, em jeito de homenagem póstuma.

A revelação foi feita esta segunda-feira pelo Presidente da Comissão Organizador da 1ª Academia de Formação Política e Edeológica “Dr. Kumba Yalá” e porta-voz da Juventude do Partido da Renovação Social (JRS) para o Sector Autónomo de Bissau, à saída de um encontro com o chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló.

De acordo com Ufé Vieira, o encontro com o Presidente da República serviu para a partilha da  agenda da Juventude da Renovação Social sobre actividades que levam a cabo durante o mês de Março, relativas a referida Academia e também sobre a futura Avenida que querem que a sua inauguração culmine com a data da morte do líder fundador do PRS. 

Vieira disse que o Presidente da República ficou muito entusiasmado e garantiu que no dia 04 de Abril vai ser inaugurada uma Avenida com o nome de Kumba Yalá, para imortalizar a sua memória como um dos pioneiros da democracia que dedicou toda a vida ao serviço do país.

ʺO Presidente da República reconhece a valência de Kumba Yala, e mostrou toda a sua vontade e sobretudo a sua determinação de criar sua agenda de trabalho  e com o Ministério da Administração Publica, para que isso possa se concretizar no dia 4 de Abril”, referiu.

Questionado se já tinham uma proposta para sobre essa  Avenida, Uffe Vieira disse que não, e acrescenta que está em debate.

De igual modo, o Presidente da República recebeu também a Juventude de Movimento para Alternância Democrata (JUMADEM- G15).

À saída da audiência, o coordenador do referido Movimento, Furmoso Gomes disse que a delegação foi manifestar ao chefe de Estado a sua solidariedade pelo primeiro ano de mandato presidencial, completados no passado dia 27 de Fevereiro.

Por outro lado assegurou que a Juventude do Madem G-15 está de braços abertos para colaborar com o Presidente da República. 

ANG/MI/ÂC//SG

Lista de estudantes admitidos em instituições de ensino superior no ano letivo de 2020-21 – PORTARIA 111/19 (parte IV)

 Lista DGES 2020-21 - PARTE IV

1. No cumprimento das recomendações das autoridades de saúde, a entrega da documentação instrutória continuará a ser feita todas as terças e sextas-feiras, com um horário da parte da manhã, entre as 10h e as 12h, e outro da parte da tarde, entre as 13h e as 15h.

2. O acesso à Secção Consular da Embaixada de Portugal só será permitido àqueles cujos nomes constem da lista, sendo os dados do requerente verificados. Caso o pedido seja entregue por outra pessoa, esta deverá apresentar procuração para o efeito. Em qualquer caso, só será permitido o acesso de uma pessoa por pedido de visto. O uso de máscara é obrigatório.

3. Os pedidos de visto serão feitos mediante a entrega da seguinte documentação instrutória:

- Passaporte original, com validade superior a 10 meses em relação à data de entrega do pedido

- Formulário de pedido de visto, devidamente preenchido, datado e assinado pelo requerente, incluindo o nome do estabelecimento de ensino onde foi admitido e a morada do alojamento em Portugal. Caso o requerente seja menor de 18 anos, o formulário deverá ser assinado pelos pais / tutores legais

- Comprovativo de admissão em instituição de ensino superior

- Certificado de habilitações, autenticado por notário licenciado

- Declaração de alojamento, com indicação da referência em território nacional

- Seguro de saúde válido por 120 dias

- Fotocópia simples (não-autenticada) do Passaporte

- Fotocópia simples (não-autenticada) do Bilhete de Identidade

- Duas fotografias iguais tipo passe, atualizadas e em boas condições de identificação

- Certificado de Registo Criminal, emitido nos últimos 3 meses (o que será aferido no ato de entrega) e autenticado por notário (obrigatório para requerentes maiores de 16 anos). Antes da entrega, os requerentes devem confirmar os seus dados no Certificado de Registo Criminal: nome, data de nascimento, número de identificação, etc.

- Autorização para consulta do registo criminal português pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

4. Caso o(a) requerente seja menor de 18 anos, deverão também ser entregues:

- Autorizações de saída, uma por progenitor / tutor legal, com as respetivas assinaturas reconhecidas notarialmente. No caso de um ou os dois progenitores do(a) menor serem falecidos, juntar certidões de óbito.

- Fotocópia simples (não-autenticada) dos documentos de identificação dos progenitores / tutores legais

- Termo de responsabilidade no modelo legal subscrito por cidadão português ou por residente legal em território português que se responsabilize pelo(a) requerente (devidamente preenchido, datado e assinado e deve ter a assinatura do subscritor reconhecida notarialmente)

- Fotocópia simples (não-autenticada) do documento de identificação / autorização de residência do(a) responsável em Portugal

5. Cumpre alertar todos os requerentes de visto de estudo para a importância de submeter documentos autenticados por notários devidamente licenciados, uma vez que apenas estes serão aceites pela Secção Consular.

6. A inclusão nesta e noutras listas de admissão não constitui garantia de obtenção de visto. Os pedidos de visto são, nos termos da lei, apreciados em função da documentação submetida e da avaliação realizada pelas autoridades portuguesas em cada caso específico.

7. Os estudantes que tenham sido admitidos e não constem desta lista deverão verificar a situação junto do respetivo estabelecimento de ensino em Portugal e/ou aguardar pela publicação de novas listas.

Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau

EAGB - Comunicado urgente

 Empresa de Eletricidade e Àgua da Guiné-Bissau - EAGB

“Bom dia lavradores no terreno..."


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'Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural anuncia aumento de produção de 7% no país depois de mais de 40 anos'.

O Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural anunciou este domingo, 21 de Março de 2021, que o país teve um aumento de produção de 7% depois de mais de quarenta anos.

O anuncio de Abel d Silva Gomes foi registado na seção de Varela, setor de São-Domingos, a margem de uma visita de três dias naquela zona norte do país, para se inteirar das dificuldades dos lavradores no terreno.

" Durante mais de 40 anos falava-se num aumento de 2% da produção agrícola na Guiné-Bissau, na presente campanha agrícola, que termina ainda neste mês de Março, conseguimos um aumento de produção de 7%, prevêmos ainda mais, porque estamos na campnha agrícola da época seca, nas regiões de Bafatá e Gabú" assegurou Abel da Silva perante os agricultores.

Abel da Silva voltou a avisar os agricultores que o combate a fome não deve ser associado com a política partidária.

"Aqui não há PAIGC, não há MADEM nem PRS nem tão pouco APU-PDGB, aqui há sim combate a fome e a pobreza, ponto final" alertou o governante.

A delegação agrária visitou as bolanhas de Varela, Caton, Suzana, Arame e Nhambalam, em todas estas localidades os agricultores mostraram-se satisfeitos com a nova dinâmica implementada pelo titular da pasta de agricultura.

Abel da Silva aproveitou a ocasião para transmitir aos lavradores as vantagens da produção da época seca, retomada este ano pela sua equipa depois de mais de 40 anos sem a lavoura da época seca no país.

"Na época da chuva em cada hectar produzido podemos conseguir duas toneladas de arroz, mas na época seca o resultado de cada hectar produzido é de 04 a 08 toneladas, portanto temos muitas vantagens na produção da época seca" observou Abel da Silva Gomes.

A delegação técnica do Ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural cumpre esta segunda-feira, 22 de Março de 2021, o terceiro e último dia da sua visita a setor de São-Domingos, região de Cacheu, para se inteirar das dificuldades dos agricultores daquela zona norte do país.


Bom dia Cuntum!...


Dia Mundial da Água


Ativista guineense denuncia ataque por albergar cinco meninas fugidas do casamento forçado

Crianças da Guiné-Bissau

Com cmjornal.pt  21 de Março de 2021 

Formosinho da Costa afirma que "algo deve ser feito pelo Estado guineense para estancar este e outros fenómenos degradantes à dignidade das mulheres".

O ativista de defesa dos direitos humanos no sul da Guiné-Bissau, Formosinho da Costa, denunciou hoje ter sido atacado, na última madrugada, por um grupo de pessoas por estar a proteger cinco jovens que fugiram de casamentos forçados.

@Rádio Capital FM Bissau
Formosinho da Costa, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos no sul do país, suspeita que os agressores seriam familiares de cinco jovens, com idades entre 13 e 16 anos, que fugiram de casamentos forçados nas comunidades de Bessassema, Prabanda, Bissilon, Yussi e pediram proteção na sede da Liga em Tite.

O líder da Liga dos Direitos Humanos no sul da Guiné-Bissau afirmou não ter dúvidas de que o principal mentor do ataque de que foi alvo será um indivíduo que o andava a ameaçar nos últimos tempos por dar guarida às jovens que fogem de casamentos forçados naquela zona.

Formosinho da Costa disse à Lusa que só não morreu "por sorte".

"Por volta das quatro da manhã, um grupo de pessoas entrou na minha casa. Tentaram matar-me, estrangular-me, reagi, dei-lhes luta e fugiram", explicou o ativista, numa conversa por telefone, sem saber precisar o número de atacantes.

Formosinho da Costa fez a participação do caso ao comando da polícia de Tite que de imediato deteve, para averiguação, um homem que, alegadamente, o ameaçou de morte por diversas vezes, disse o próprio.

Há três semanas que Formosinho da Costa recebeu as cinco raparigas na sede da Liga dos Direitos Humanos, mas há mais de 30 anos que é ativista e "principal protetor das meninas vítimas de casamento forçado", no sul da Guiné-Bissau.

Se antes o casamento forçado ou precoce das raparigas só acontecia depois do período das aulas, Formosinho da Costa disse que agora o fenómeno ocorre mesmo com as aulas em andamento.

Relatos de organizações não-governamentais (ONG) que atuam na defesa dos direitos humanos apontam para um aumento de violações contra as mulheres e crianças na Guiné-Bissau, sobretudo devido ao novo coronavírus.

Acreditam que o confinamento social e as limitações das liberdades impostas pelas autoridades como forma de impedir o alastramento da doença poderão estar a facilitar os abusos dos direitos humanos.

As mesmas organizações apontam a zona sul da Guiné-Bissau como epicentro do fenómeno casamento forçado de raparigas.

Formosinho da Costa afirmou que "algo deve ser feito pelo Estado guineense para estancar este e outros fenómenos degradantes à dignidade das mulheres", frisou.

"Este ano não sei o que se passa com os adultos nessa coisa de dar casamento forçado as meninas, as pessoas parecem enlouquecidas", observou Formosino da Costa que pede proteção das autoridades perante o "trabalho de risco" que faz.

O ativista notou que em mais de 30 anos de proteção dos Direitos Humanos, algumas das raparigas fugidas do casamento forçado até já se formaram, depois de seguirem os estudos em Bissau.

Formosinho da Costa disse à Lusa que não vai parar de dar proteção às raparigas e que as cinco que tem atualmente na sede da Liga disseram que não vão regressar às suas comunidades.

O dirigente da Liga dos Direitos Humanos disse que na segunda-feira vai trazer para Bissau uma rapariga de 13 anos para ser entregue à direção nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos que por sua vez poderá confiá-la à proteção temporária da AMIC (Associação Amigos da Criança).

Covid-19: Cabo Verde com recessão histórica de 14% em 2020

© Lusa

Notícias ao Minuto  22/03/21 

A economia cabo-verdiana registou uma recessão económica histórica de 14% em 2020, devido à pandemia, segundo previsão avançada em entrevista à Lusa pelo primeiro-ministro, que não descarta a necessidade de um Orçamento Retificativo este ano.

"Ainda temos as estimativas, que estão a apontar para uma recessão 14% [do PIB], o que é muito para um país que fechou 2019 com 5,7% de crescimento. Mas isso demonstra o real impacto e intensidade da covid-19", começou por explicar Ulisses Correia e Silva.

A estimativa de outubro passado do Banco de Cabo Verde (BCV) apontava para, no cenário base, uma recessão de 8,1%, que podia chegar aos 10,9% no cenário mais adverso, enquanto as previsões anteriores do Governo colocavam a recessão, após quatro anos consecutivos de crescimento económico de cerca de 5% (anuais), entre 6,8% e 8,5%.

Questionado pela Lusa nesta entrevista, Ulisses Correia e Silva justificou que esse desempenho económico teve impacto sobretudo da quebra na procura turística, devido às restrições impostas pela pandemia, afetando um setor que representa cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano e que tinha registado em 2019 um recorde de 819 mil turistas.

"Nós vamos ter uma perda de turismo em cerca de 72%, comparando 2020 com 2019, são cerca de 600 mil turistas a menos, isso impacta sobre tudo. Sobre o emprego, sobre as receitas fiscais, além das consequências que temos tido relativamente ao próprio tecido empresarial e às dinâmicas necessárias que o Governo implementou para as proteções [de empresas e trabalhadores, devido aos efeitos da covid-19]", explicou.

Depois de em 2020 o Governo ter tido a necessidade de aprovar, em julho, um Orçamento Retificativo para acomodar os aumentos com os apoios sociais e cuidados de saúde, para lidar com a pandemia - com a taxa de desemprego a duplicar, para quase 20% -, Ulisses Correia e Silva admitiu a repetição desse cenário este ano, tendo em conta a retoma mais lenta do que era previsto da procura turística por Cabo Verde, devido às novas vagas da pandemia que afetam os países emissores de turistas para o arquipélago, sobretudo da Europa.

"Poderá vir a ser [necessário, um Orçamento Retificativo]. Repare, esta pandemia coloca quase todos os países a fazer navegação à vista, relativamente às consequências, às medidas de proteção, aos ajustamentos. Não digo que não seja necessário, vamos ver quando chegar o momento, para podermos ter o real impacto, pelo menos no primeiro semestre deste ano, se haverá necessidades ou não de fazer ajustamentos", reconheceu.

O primeiro caso de covid-19 no arquipélago foi diagnosticado em 19 de março de 2020, precisamente quando o país suspendeu todos os voos comerciais internacionais, imediatamente antes da declaração, pela primeira vez, do estado de emergência, para conter a transmissão. Quatro dias depois, seguiu-se a primeira morte provocada pela covid-19, um turista inglês de 62 anos, que tinha sido também o primeiro caso oficial da doença no país, dos cerca de 16.000 confirmados desde então.

Ulisses Correia e Silva reconhece agora, um ano depois, que esse foi o período de maior tensão que viveu na liderança do país (desde 2016), quando Cabo Verde registou "os primeiros casos" de uma doença então ainda nova.

"Isso é curioso porque nós estávamos a tentar retardar ao máximo a entrada da covid-19 em Cabo Verde, tomámos as medidas. Mas foi o momento mais stressante para todos, porque a cada caso íamos seguindo, vem um caso seguinte, vem um caso seguinte, eu sabia que as pessoas lá em casa também contavam", recordou.

Com o aumento crescente de casos diários, e após um confinamento geral que se prolongou, diferenciado por ilhas, de abril a maio, surgiu a adaptação à nova realidade.

"Depois, quando atinge um determinado volume de casos que iam acontecendo deixou de haver essa contabilidade diária, essa pressão de contar mais um caso que aparece. E, acumulando, começou a estar ao nível daquilo que seriam as consequências da covid-19. Portanto, é o momento do impacto inicial e das medidas que tivemos que tomar - depois o estado de emergência, a primeira experiência para um país como Cabo Verde -, com todo o confinamento e as consequências desse confinamento. Foi de facto um momento muito impactante", reconheceu.

Campanha de caju-2021: AGRICULTORES CRITICAM A GESTÃO DO FUNPI E ESTÃO PREOCUPADOS COM O PREÇO BASE DA CASTANHA

21/03/2021 / Jornal Odemocrata 

[ENTREVISTA_semana n°11/2021] O presidente da Associação de Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG), Jaime Boles Gomes, criticou duramente a gestão de somas de bilhões de francos cfa angariados pelos sucessivos governos, no âmbito do Fundo de Promoção de Investimento Industrial (FUNPI), do qual os agricultores não beneficiaram de nada. Também se mostrou preocupado com a situação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que sufocou a economia nacional, em particular da castanha de cajú, no ano passado, por causa das medidas de restrições impostas. Acrescentou que estão igualmente preocupados sobre o preço base da compra da castanha de cajú por quilograma da parte do executivo.

O agricultor fez estas afirmações durante uma entrevista (março de 2021) ao Jornal O Democrata para falar da situação dos agricultores que, em algumas zonas, já estão a lamentar as dificuldades em termos de produtos alimentares, bem como das perspectivas sobre a presente campanha da comercialização da castanha de cajú, e, sobretudo, no que concerne ao preço base para o quilograma da castanha.

No ano passado, o preço de referência da castanha foi de 350 Francos CFA, depois se registou o aumento do preço aos poucos, no terreno, até chegar aos 550 Francos CFA, já no final da campanha. O processo da exportação da castanha continua a decorrer nos portos de Bissau até este momento e, de acordo com as informações apuradas do ministério do Comércio, conseguiu-se exportar até agora mais de 155 mil toneladas da castanha de caju e a perspetiva do governo era chegar 180 mil toneladas. 

FUNPI FOI CRIADO PARA PROMOVER A PRODUÇÃO AGRÍCOLA, MAS OS GOVERNANTES “COMERAM” O DINHEIRO

Jaime Boles Gomes disse na entrevista que a Guiné-Bissau não tem pomares de cajú, mas sim “matas de cajú” desorganizadas devido à falta de uma agricultura modernizada que oriente os produtores a respeitarem o espaçamento recomendado cientificamente para permitir que raios do sol toquem a copa dos  cajueiros, de forma a garantir o seu desenvolvimento e a sua consequente reprodução em quantidade e qualidade. Frisou que é preciso dotar as organizações agrícolas de meios necessários a fim de poderem entrar com a componente de mecanização do sistema e evitar assim, aquilo que considera “desorganização” na plantação de caju.

Referiu que não é possível criar o Fundo de Promoção de Investimento de Industrial (FUNPI), através do qual angariou-se somas de biliões de Francos CFA, mas nenhum franco foi investido no setor de cajú, e, sobretudo, para promover as boas práticas da produção de cajú.

Frisou que os guineenses têm problemas sérios no que concerne à gestão da coisa pública, tendo sustentado que o atraso do desenvolvimento da Guiné-Bissau deveu-se aos próprios guineenses e principalmente àqueles que assumem as rédeas da governação e que “trabalham com má-fé”. 

“O FUNPI foi criado no passado, mas “comeram” esse dinheiro todo e nada entrou para a promoção do setor de cajú. Em 2019, foi angariado um bilhão e 950 milhões Francos CFA e nem 25 francos foram investidos na fileira de cajú. Em 2019, preparamos um plano de ação nesse quadro, porque nos disseram para criar uma conta co-titulada por ANAG, ANCA e Tesouro que deviam ser assinantes da mesma, mas infelizmente não chegamos de criar essa conta e nem sequer chegou-se a trabalhar um termo de referência para o efeito e esse dinheiro acabou por perder assim ou simplesmente não sabemos mais nada deste fundo. Em 2020, repetiu-se a mesma coisa, porque o documento não foi revogado e este ano, o atual governo está à procura de solução para implementação desta conta e pedimos que quando anuncia o preço base de cajú que exiba os documentos dessa conta co-titulada, criada para investimento e promoção do cajú”, explicou.        

Questionado sobre as suas expetativas quanto ao preço base por quilograma de cajú a ser anunciado para a presente campanha, respondeu que, nos anos anteriores, a sua organização sempre participava nas discussões com os diferentes técnicos que intervêm na fileira de cajú, contudo lembrou que a decisão final cabia sempre ao executivo na base das propostas recebidas. E aproveitou para alertar as autoridades nacionais e os produtores que é preciso um trabalho sério para investir na restruturação dos pomares de cajú, que, de acordo com a sua explanação, estão a ficar velhos e que é urgente uma intervenção neste sentido. 

ANAG PERSETIVA UMA INTERVENÇÃO REBUSTA PARA A ESTRUTURAÇÃO DE POMARES DE CAJÚ NO PAÍS

Em termos de preparativos da sua organização para a presente campanha de comercialização de castanha de cajú, Jaime Boles Gomes disse que a ANAG não beneficia de nada muito menos de subsídios. Lamentou que o próprio ministério da Agricultura a quem poderiam recorrer para conseguir alguma coisa, também não tem nada. 

Informou que, de acordo com as expectativas para a campanha de comercialização da castanha de cajú do ano em curso, haverá rendimentos devidos à grande produção da castanha, devido ao desenvolvimento dos pomares de cajú e, por isso, há uma esperança que este ano seja um bom ano agrícola.

Adiantou que o que podia criar um estrangulamento é a recente poeira godzilla proveniente do Sharra no mês de fevereiro, mas não durou muito tempo e acabou por dissipar-se sem criar alguma situação anormal nos pomares de cajú.

Questionado se mesmo com a pandemia de Covid-19 é possível ter um preço de cajú aceitável, o presidente da ANAG assegurou que se os agricultores conseguirem estocar bem a castanha, para assim evitar vendê-la, nos pomares ainda molhada, para não comprometer a sua qualidade no mundo fora, é possível sim, ter bom preço de caju.  

Adiantou que a nível da sub-região, os governos e o setor privado, principalmente os atores de fileira de cajú lutam sempre para melhorar o setor.

Apesar de enfrentarem a mesma praga que corta os cajueiros, estão a trabalhar para combatê-la. Aqui no país também a ANAG tem esse projeto com o seu parceiro e em breve vão lançar uma iniciativa no sentido de poder combater essa maldita praga, minimizando assim sofrimento dos agricultores nacionais. 

O responsável dos agricultores da Guiné-Bissau sublinhou que a pandemia da Covid-19 estragou a campanha de comercialização da castanha de cajú, devido ao confinamento que não permitia às pessoas irem ao terreno, onde grupos de jovens prestam serviços de limpeza aos pomares não conseguiram trabalhar, mas este ano não houve essa situação de confinamento, contudo a doença continua no país.

Nesse sentido, Jaime Boles Gomes exortou os seus associados para acautelarem nesse momento de que a fome anda aí, porque algumas pessoas circulam com produtos fora de prazo e arroz não apropriado para o consumo humano.

Adiantou que cada agricultor deve saber gerir os seus produtos para melhor fazer o seu negócio justo, evitando a troca de um quilograma de arroz para dois quilogramas de castanha de caju.    

“Quero pedir aos agricultores para se concentrarem no trabalho porque em relação aos outros países, a Guiné-Bissau está na cauda, mas devemos procurar evoluir. Devemos lavar as nossas castanhas de cajú bem limpas e secá- las para depois podermos armazená-las, porque só assim é que podemos vender o nosso produto com qualidade, o que pode resultar num bom preço, ou organizarmo-nos em cooperativas para melhor organizar os nossos planos e beneficiar de apoios que mais tarde poderão surgir. Neste momento, estamos a procurar fundos no sentido de podermos criar cooperativas em três províncias nomeadamente, Norte, Leste e Sul, modernizando assim esse setor em alto nível, permitindo aos produtores somar ganhos”, espelhou.

No que diz respeito à situação dos agricultores nacionais, Jaime Boles Gomes explicou que pessoas que cultivam na Guiné-Bissau não são agricultores, são camponeses porque agricultores têm outro nível e trabalham profissionalmente, enquanto conhecedores da matéria, tanto o solo, as plantas e o espaçamento e tratamento para que as plantas possam ser produtivas e rentáveis, produzindo em grande escala para fins comerciais e industriais, esse sim são agricultores, portanto camponeses nacionais estão a trabalhar para chegar esse nível.

Jaime Gomes disse que para chegar esse nível, é preciso ter uma parceira forte que ajudará na formação dos agricultores para aumentar conhecimento a fim de mudar o sistema agrícola guineense, sendo fator fundamental para alavanca do país. Boles foi mais longe no qual advertiu que a agricultura é considerada como locomotivo de todos sectores para o desenvolvimento almejado.

“Se queremos ir para o desenvolvimento, devemos apostar sério na agricultura, através de um bolo orçamental elevado no ministério de agricultura, não aquilo que estamos a assistir, nos últimos tempos, nessa área fundamental e chave para arranque da Guiné-Bissau. Também é um sector que pode absorver jovens, criando assim mercado de emprego e agrupar os jovens, através da cooperativa Inter profissionais. Portanto é fundamental apostar nesse sector”, acrescentou.

O Presidente da Associação de Agricultores da Guiné-Bissau salientou que para a concretização desse plano é preciso que haja a paz e estabilidade no país, permitindo assim aos investidores abrir empresas, o que poderá contribuir para o emprego jovem.

Questionado a pronunciar-se sobre a quantidade de toneladas exportadas no ano passado, Boles disse que a sua organização não tem condições para fazer seguimento como a Agência Nacional de Cajú, intermediários e alfandegas, de maneira que é difícil falar da quantidade exportada no país.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A