Bissau, 06 Mai 21 (ANG) – O novo ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Cirilo Mama Saliu Djaló afirmou quarta-feira que tendo em conta a evolução nas negociações com os sindicatos do sector, está esperançado de que o ano lectivo 2020/21 vai ser concluído.
Greves contínuas na Função Pública e que afectam o ensino e a saúde fazem prever que o ano lectivo em curso vai ser anulado, agora que a maior central sindical renovou a convocação de greve para mais um mês, depois de se observar a paralisação das aulas em todo o mês de Abril.
Cirilo Djaló falava após o encontro com as organizações do sector, nomeadamente Associação dos País e Encarregados da Educação, Conaiguib e a Federação Nacional dos Estabelecimentos do Ensino Privado.
O governante referiu que, como novo titular da pasta da educação tinha que promover esse encontro, que considerou de frutífero.
“Estou disponível para entabular um diálogo permanente no sentido de encontrarmos sempre soluções consensuais para as resoluções dos problemas do sector educativo”, prometeu.
O novo ministro da Educação afirmou que existem condições para que o ano lectivo tenha continuidade, e sustenta a sua convicção com as garantias recebidas nas negociações com os sindicatos.
“Ainda se realizou um encontro no Ministério da Função Pública e Trabalho no sentido de se encontrar consensos para se levantar a greve na função pública. Os assuntos estão em discussão e temos fé que haverá consenso entre as partes para o bem do sistema educativo do país”, disse.
Saliu Djalo salientou que é de necessidade de todos fazer funcionar a educação, frisando que o primeiro trimestre decorreu de uma forma normal e que o segundo complicou devido a situação da Covid-19, sobretudo no Sector Autónimo de Bissau.
Segundo o governante, por essa razão, vai ser preciso um ajustamento dos dias lectivos para a conclusão do ano lectivo em curso.
Mama Saliu Djaló revelou que as direções de escolas privadas se disponibilizaram a dispensar as suas instalações para a realização de aulas no período das chuvas para alunos de escolas públicas, caso for necessária.
Por seu turno, Ericson Ocante Yé que falou em nome da Plataforma Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau, disse que o ministro da Educação mostrou-lhes a sua disponibilidade de trabalhar para o bem do sector educativo.
“Achamos que ainda é possível concluir o ano lectivo ou seja estamos num país em que não há garantia de que o próximo ano lectivo vai ser melhor do que o presente”, disse Ocante Yé.
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