Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular, em entrevista na Edição da Tarde da SIC Notícias.
Miguel Castanho, investigador do Instituto de Medicina Molecular, considera que a prioridade tem de ser "proteger" os planos de vacinação contra a covid-19. Para isso, aponta a possibilidade de se suspender algumas vacinas e substituí-las por outras, ainda que "não seja um processo fácil" a curto prazo.
"É importante ganhar a corrida contra o vírus", afirma, lembrando que o coronavírus vai mudando com o tempo e criando novas variantes.
"MEDO É MAIS CONTAGIOSO QUE O VÍRUS"
Na Edição da Tarde, defendeu que as vacinas são seguras do ponto de vista técnico. No entanto, lembrou que, neste momento, lidamos com um problema de ansiedade e medo da população, deviado aos casos de coágulos depois de administradas vacinas contra a covid-19.
O investigador considera que são sentimentos "obviamente legítimos", uma vez que as pessoas colocam-se no papel das vítimas.
"O medo é mais contagioso que o vírus, isso não há dúvida nenhuma", diz.
VACINA DA JANSSEN
Sobre a vacina da Janssen, Miguel Castanho diz esperar que os Estados Unidos não provem que há uma relação causa-efeito entre a vacina e os coágulos.
"Esta vacina, sendo de toma única, permite acelerar o plano de vacinação", explica.
PASSO ATRÁS NO DESCONFINAMENTO. ONDE E PORQUÊ?
Questionado sobre o próximo passo no desconfinamento, previsto para a próxima segunda-feira, o responsável considera que é necessário "encarar de frente" a necessidade de atuar de forma diferente, consoante a situação em cada local.
"Não creio que deva haver decisão que englobe todo o país", afirma, explicando que o risco varia consoante "o que se passa" naquela região.
"É preciso ter coragem de não avançar ou regredir onde a situação for crítica", refere.
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