Por Idriça Djalo
As declarações do Chefe de Estado difundindo por um lado, rumores do seu eventual assassinato assim como o de responsáveis do sector securitário e, por outro lado de um possível golpe de estado em preparação, trazem-nos más recordações.
Colocam em evidência que o Sistema esgotou completamente o seu potencial.
Mais trágico ainda, a incapacidade congénita da classe politica que dirige este País há longos anos, de se questionar e de fazer o inventário de um Sistema que tornou-se uma ameaça existencial para a nossa segurança coletiva, constituindo um problema.
É o que salta aos olhos e que choca!
Os paliativos até aqui utilizados, dos quais a corrupção constitui o último patamar, mostraram os seus limites.
A utilização excessiva da corrupção, o recurso massivo de fundos desviados do erário publico, os recursos financeiros oriundos de tráficos diversos e variados, assim como os financiamentos de origem indeterminada usados no momento das eleições, criaram a ilusão durante algum tempo. Transformaram a nossa democracia em momento de carnaval e de diversão.
O despertar é cada vez mais doloroso porque os factos são teimosos.
A população constata a cada dia que passa que este Sistema não tem nada de bom a oferecer.
Com o passar do tempo, todos os guineenses conseguem avaliar sem dificuldade os estragos que tem provocado:
1-Destruição da nossa administração publica através de uma politização e partidarização excessiva;
2-Descrédito do nosso sistema judicial que funciona no vazio, distante das preocupações das populações;
3-Desarticulação do nosso sector privado causado por uma politização inadequada;
4-Instrumentalização das nossas forças de defesa e segurança;
5- Ausência total de perspectivas de futuro para os guineenses, principalmente para a camada juvenil.
Estes dirigentes políticos destruíram sistematicamente todas as tecnoestruturas institucionais do Paìs.
Para evitar que a sua responsabilidade seja colocada em evidência, eles procuram instrumentalizar as populações, precipitando-as em conflitos étnicos e religiosos.
Infelizmente para eles, as populações, sobretudo os jovens, compreendem cada vez melhor que esses indivíduos que controlam o poder do Estado há demasiados anos, não têm nada mais do que agendas e interesses pessoais e que, todas as invocações de narrativas étnicas, são argumentos falaciosos para continuar disfarçadamente, as suas obras de predação ás custas de um Paìs esgotado.
As jogadas escondidas duraram demasiado tempo.
Os guineenses já compreenderam que os governantes e alguns políticos são os únicos beneficiários deste Sistema podre.
Em conjunto, trabalhemos pois para o nascimento de uma nova República!
Idriça Djalo
Presidente do Partido da Unidade National
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