O jornalista e apresentador de um dos programas matinais da Radiodifusão Nacional, Edmilson Queba Dabó, nega que o espaço esteja a servir de “propaganda e de julgamento dos cidadãos”, conforme denunciaram na semana passada, ao Capital News, fontes da emissora pública guineense.
“Quem fazia o programa era um animador. E a direção (da Rádio) achou que devia fazer um programa direcionado mais à informação jornalística, para merecer outro tipo de abordagem. É neste quadro que fui chamado e incumbido de assumir o espaço”, contextualizou, o jornalista.
Edmilson Queba Dabó lembra ainda:
“Comecei a fazer o trabalho como deve ser, observado as regras e a deontologia da profissão. Nunca foi o meu estilo e nunca será, servir de propaganda a alguém. Eu não faço julgamento dos cidadão. O que faço é a tentativa de ajudar a mentalizar, educar, formar e informar a sociedade, para mudar tudo que achamos anormal e que deve ser mudado. Falo mais da sociedade e comportamento dos cidadãos nas comunidades, nos transportes ou nos campos de futebol. Abordo mais assuntos sociais e não politicos, mas se tiver que abordar o assunto político, faço-o tal e qual, informando apenas”, disse.
Edmilson Queba Dabó disse ainda que, enquanto funcionário da Radiodifusão Nacional, está é estará sempre disponível para prestar serviço, onde a direção da RDN quiser, mas sempre respeitando as regras.
No entanto, Queba Dabó afirma:
“A essência da Rádio Nacional é realçar a imagem da governação. Penso que qualquer guineense deve ter essa noção. Uma das suas essências é realçar a imagem governativa e ajudar a educar a nossa sociedade. Isso me dá um bocadinho de liberdade, para, quando um governante faz coisas boas, dizer, sim, isto está bem”, concluiu.
Ao Capital News, fontes da Radiodifusão Nacional acusam o diretor do órgão público de “autoritarismo” e de estar “ao serviço do regime” , acusações que Mama Saliu Sané não quis reagir, dizendo estar de consciência tranquila, quando foi contatado pelo CNEWS.
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