Por CNEWS
O ministro demissionário da Economia, Plano e Integração Regional, Víctor Mandinga, continua a comparecer no seu gabinete, quase todos os dias, “no final da tarde”, soube o Capital News, da fonte do Ministério.
Mandinga apresentou o pedido de demissão, ao primeiro-ministro, Nuno Nabiam, no dia 05 deste mês, alegando entres outros, na carta, a alteração dos seus poderes:
“Com a nomeação do novo vice-primeiro-ministro, ministro da presidência do conselho de ministros e dos assuntos parlamentares e coordenador para área económica (Soares Sambú), os poderes da decisão e a cadeia de comando das ações governativas, do ministro da economia (Víctor Mandinga) ficaram alterados ao quadro no qual a minha nomeação ocorreu, facto que se traduzirá, na prática, no esvaziar das minhas competências orgânicas”, escreveu na altura.
Mais de duas semanas depois de ter apresentado o pedido de demissão, ao cargo de ministro da Economia, Plano e Integração Regional, uma decisão ainda não foi tomada no sentido de substituir Víctor Mandinga. Contrariamente ao esperado, a fonte do Ministério afirmou que há “fortes contactos” dos “pesos pesados” da política guineense, no sentido de convencer o ministro demissionário a manter-se em funções.
Caso Vítor Mandinga decida continuar no governo, “não seria novidade”, afirmam vários observadores políticos, lembrando a célebre frase do ainda ministro, que a meio de uma crise política, em 2016, afirmara que “só o burro é que não muda de opinião”, numa alusão à sua posição da altura, em deixar de apoiar o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), e a favor do presidente da república de então, José Mário Vaz.
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