Por LUSA 13/11/20
Os Estados Unidos da América começaram o ano orçamental 2021 da mesma forma como encerraram o anterior: com o défice a subir no primeiro mês da sua execução, segundo os números do Departamento do Tesouro.
No mês de outubro, o défice federal atingiu valores que praticamente duplicam o de há um ano para um nível recorde de 284,1 mil milhões de dólares (241 mil milhões de euros), com as receitas federais em queda e as despesas em alta, com o impacto do novo coronavirus a intensificar-se.
O défice deste outubro quase duplicou os 134,5 mil milhões registados no mês homólogo e superou o máximo de 176 mil milhões de dólares, estabelecido em 2009, quando o governo teve de gastar pesadamente para tirar o país da profunda recessão causada pela crise financeira de 2008.
Para o ano orçamental de 2020 (01 de outubro - 30 de setembro), o défice foi de 3,1 biliões (milhão de milhões) de dólares, ultrapassando o anterior máximo, de 1,4 biliões, verificado em 2009.
Para o ano orçamental corrente, a previsão é de um défice de 3,3 biliões de dólares.
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A federação representante das companhias aéreas dos EUA estimou na quinta-feira que estas, afetadas pela queda das vendas de bilhetes de avião desde o início da pandemia, devem suprimir 90 mil empregos entre março e dezembro.
Segundo a Airlines for America, o número de empregos, expressos em termos equivalente a tempo inteiro, vai passar de 460 mil para 370 mil no final de dezembro, o que representa uma redução de 20%. Esta quantidade representa o nível mais baixo desde pelo menos 1987.
Quando os EUA estão a enfrentar uma nova explosão do número de casos de infeções com o novo coronavirus e as autoridades reforçam as medida de restrição, o número de passageiros transportados nos EUA continuou nas últimas semanas inferior em 65% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para enfrentar a baixa da sua atividade, as empresas aéreas já recorreram a planos de saídas voluntárias ou reformas antecipadas.
Na primavera, tinham-se comprometido a não despedir até 30 de setembro, em troca de subvenções de um total de 25 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros).
Mas sem acordo entre democratas e republicanos sobre o prolongamento destas ajudas financeiras, a United Airlines e a American Airlines também colocaram em desemprego técnico 32 mil pessoas em outubro.
Quatro empresas de dimensão menor - Compass Airlines, ExpressJet, RavnAir Group e Trans States Airlines - já fecharam mesmo as portas, avançou na quinta-feira a Airlines for America, num documento onde é feito um levantamento dos efeitos da pandemia de covid-19 no setor.
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