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Fonte: visao.sapo.pt 01.09.2020
O secretário-geral da ONU admitiu a possibilidade de imposição de sanções a pessoas que estejam a perturbar a ordem constitucional na Guiné-Bissau
O secretário-geral da ONU, António Guterres, admitiu a possibilidade de imposição de sanções a pessoas que estejam a perturbar a ordem constitucional na Guiné-Bissau e pediu a criação de um grupo de peritos para analisar a situação no terreno.
A recomendação consta num relatório do secretário-geral da ONU pedido em fevereiro pelo Conselho de Segurança sobre as sanções aplicadas a vários elementos das Forças Armadas envolvidos no golpe de Estado de 2012 e sobre os progressos realizados em relação à estabilização do país e restabelecimento da ordem constitucional e a que a Lusa teve hoje acesso.
No relatório, que analisa os acontecimentos no país desde as presidenciais, António Guterres salienta que durante aquele período “houve desafios à ordem constitucional com a existência de dois primeiros-ministros e, temporariamente, dois Governos paralelos”.
“Todos estes fatores supõem um risco para a estabilização da ordem constitucional na Guiné-Bissau”, refere António Guterres.
Para o secretário-geral da ONU, “é importante” o Conselho de Segurança considerar a possibilidade de manter o regime de sanções estabelecido e “mostrar claramente ao povo da Guiné-Bissau que o regime de sanções se aplica a todos os elementos perturbadores, independentemente da sua afiliação política e institucional”.
Nesse sentido, António Guterres pede ao Conselho de Segurança que considere a possibilidade de estabelecer um grupo de peritos para “compreender melhor os fatores que levaram as forças de defesa a envolverem-se recentemente no processo político”.
O grupo de peritos, segundo António Guterres, deve também indicar pessoas que “reúnam os critérios de designação para as medidas seletivas, entre as quais, vigiar os recursos provenientes do crime organizado utilizados para apoiar quem tenta impedir o restabelecimento da ordem constitucional”.
O grupo de peritos deve também ajudar o Comité de Sanções a rever a lista e avaliar a capacidade das autoridades guineenses para controlar o tráfico de droga e o crime organizado, tendo em conta a sua possível repercussão na paz e estabilidade do país e sub-região.
A Guiné-Bissau vive uma crise política desde as eleições presidenciais.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), partido vencedor das legislativas de 2019, não reconhece o atual chefe de Estado do país, Umaro Sissoco Embaló.
Depois de a Comissão Nacional de Eleições ter declarado Umaro Sissoco Embaló vencedor da segunda volta das eleições presidenciais, o candidato dado como derrotado, Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não reconheceu os resultados eleitorais, alegando que houve fraude e meteu um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, que não tomou, até hoje, qualquer decisão.
Umaro Sissoco Embaló assumiu unilateralmente o cargo de Presidente da Guiné-Bissau em fevereiro e acabou por ser reconhecido como vencedor das eleições pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que tem mediado a crise política no país, e restantes parceiros internacionais.
Após ter tomado posse, o chefe de Estado demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, saído das eleições legislativas de 2019 ganhas pelo PAIGC, e nomeou um outro liderado por Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que assumiu o poder com o apoio das forças armadas do país, que ocuparam as instituições de Estado.
Nuno Nabian acabou por fazer aprovar o seu programa de Governo no parlamento guineense, com o apoio de cinco deputados do PAIGC, que o partido considera terem sido coagidos.
MSE // VM
Oh senhor Guterres, sabes muito bem quem está perturbar a estabilidade do país. Não finja, porque bem sabes que o poder na democracia se conquista nas urnas. As eleições foram realizadas e consideradas de justas por todos os observadores internacionais, incluindo dos que Nações Unidas enviou, mas mesmo assim há alguém a insistir em ser considerado vencedor por via do Supremo Tribunal de Justiça, se bem que o órgão responsável pela divulgação dos resultados já publicou o vencedor. Tenham coragem de sancionar o vosso candidato derrotado e o seu grupo que estão constantemente a fazer manifestações na diáspora. Seja justo senhor Guterres...
ResponderEliminarSenhor Gutierrez e toda Comunidade Internacional sabem muito bem os perturbadores aquí não vale a pena estar fingindo. A Guiné Bissau é País independente e Soberano como qualquer outro País integrante das Nações unidas, quero lembrar O Sr. Que em Portugal um partido ganhou eleições legislativas mas não governou passou a ser da oposição em Timor aconteceu e não houve nem piu ou miu porque com a Guiné Bissau tem que ser excepção vai-se consolar Sr. Este País já mudou; nós aqui siempre vamos lutar sem tréguas contra qualquer tipo de crime organizado que o maldito partido nos há implantado aqui durante 47 anos, mas não esqueça que não vamos ser guardiões do tráfico de drogas para os vossos países. As NU sabem muito bem de onde são produzidas e processadas as drogas e sabe de onde são consumidas e estes não são chamados de narco-estados!? Porque a Guiné Bissau País transitário como muitíssimos países da nossa Costa Ocidental é apelidada maldosamente esse nome? As fronteiras de países de destino São altamente controlados com tecnologia de ponta e conseguem furar essa barreira como não poderá furar as da Guiné Bissau que são mais vulneráveis? RESPEITO A NOSSA SOBERANIA Sr.Secretario geral.
ResponderEliminarEsta notícia nao reflecte à actual conjuntura. Nao há que se preocupar.
ResponderEliminarEs podersta dja, ista dja! Diante son!
Guitarras, talvez podia ter uma mão a lançar Pedro e esconder as mãos, se foi, vocês é melhor conhecedor do quem está a pertubar a ordem de tranquilidade na Guiné Bissau, e, uma coisa a vós dizer, somos guineense e nunca abandoneremos o nosso país, qualquer que seja sanção nunca nos retiraram do nosso país que nos assistiu ao NASCAR, e somos guineenses para sempre, mesmo que o traidor se encontra ambos fim do mundo, fica próximo dos guineenses, razão pelo qual, nenhum guineense tem medo de sansao.
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