O coronel Assimi Goïta, chefe da Junta golpista foi nomeado chefe de Estado no Mali e adiado reunião com sociedade civil REUTERS/Moussa Kalapo
Texto por: RFI
Os militares golpistas que assumiram o poder em Mali anunciaram ter adiada a reunião que estava marcada para hoje com as organizações políticas e civis sobre a transferência de poderes.
A Junta anunciou num comunicado em Bamaco o adiamento da reunião para uma data ulterior por razões de ordem organizacional.
A Junta tinha convidado os partidos, grupos rebeldes signatários de um acordo de paz e organizações da sociedade civil para uma troca de pontos de vista este sábado sobre a organização da transição.
O Movimento 5 de julho e a União das forças patrióticas, M5-RFP, tinha protestado por não ter sido convidado ao encontro.
Paradoxalmente é o Movimento que engloba uma coligação de membros da oposição, da sociedade civil e chefes religiosos que liderou durante meses a contestação ao Presidente Ibrahim Boubacar Keïta, deposto pelos militares a 18 de agosto.
Junta confirmou que o novo chefe de Estado é coronel Assimi Goïta
Assim, o M5-RFP, reclama neste período de transição um papel à medida da importância que teve durante meses na destabilização do antigo chefe de Estado, IBK.
Mas a Junta confirmou que o novo chefe de Estado é o coronel Assimi Goïta, após publicação discreta na quinta-feira da sua nomeação no Boletim Oficial, com valor constitucional segundo certos juristas.
Esta medida deixou perplexa a opinião pública, pois, esta escolha da Junta foi feita na véspera da cimeira extraordinária da CEDEAO, que exigiu aos militares a entrega do poder aos civis.
O golpe de Estado de 18 de agosto, fica assim consumado, com os militares assumindo o poder e nomeando um chefe de Estado com poderes excepcionais durante o período de transição no Mali.
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