Por: Sydney Monteiro.
Por iniciativa do Niger - Estado-membro Não Permanente do Conselho de Segurança (CS) e Estado que preside pro tempore a Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO - o CS, preparou, à porta fechada, a adoção de um comunicado à imprensa sobre a situação política na Guiné-Bissau. Que servirá - como é costume - para o CS endossar (reitetar) a posiçào assumida pela Cimeira da CEDEAO, de 22 de abril.
Nessa conformidade, o Conselho de Segurança - de 1 de julho e à porta fechada - adotou essa esperada declaração que, tal como se previa, reitera a posiçào já assumida pela CEDEAO na sua Cimeira de 22 de abril que, designadamente, (cito) reconhece Umaro Sissocó Embaló como vencedor das eleições presidenciais.
Como se percebe, a Declaração agora adotada (que foi submetida ao Conselho de Segurança no início do mês de junho) não podia ainda refletir o recente desenvolvimento político registado na Guiné-Bissau, nomeadamente, a reunião do plenário da ANP (no dia 29 de junho) que decidiu inscrever, na sua agenda, a discussão e a aprovaçào do Programa de Governo pelo Eng. Nuno Gomes Nabiam. pretensão que, uma maioria clara dos Deputados, cumpriu plenamente.
Depois do que se passou na ANP no dia 29 de junho, se eu fosse o PAIGC, mesmo se me tivessem oferecido a chefia do governo, teria recusado tal oferta... por manifesta falta de legitimidade para assumir tal papel. Note-se que 5 deputados do PAIGC votaram contra a orientação de voto decretado pelo seu próprio partido.
Agora vamos esperar para ver se o candidato presidencial derrotado (do PAIGC) vai meter no tribunal uma queixa contra o Conselho de Segurança das Nações Unidas por este ter decidido acompanhar a CEDEAO no "reconhecimento de Úmaro Sissocó Embaló como Presidente da Republica democraticamente eleito. Vamos a ver!
Fonte: Estrela da Guiné
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