O presidente de Comissão Instaladora da Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Brandão Bull da Malta, denunciou que a situação dos combatentes é muito vulnerável, tendo em conta as dificuldades que enfrentam bem como o tratamento que têm recebido dos sucessivos governos.
A denúncia foi tornada pública esta terça-feira, 14 de julho de 2020, durante a visita que o Secretário de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Augusto Nhaga, efetuou a algumas cooperativas dos veteranos de guerra, em Bissau, nomeadamente: o Centro de reabilitação motora de Quelelé, os prédios residenciais dos antigos combatentes da liberdade de pátria (em Antula), as Cooperativas de Alfaiataria, a Oficina de Serralharia e o Centro de Acção Anti Minas (CAAMI), todos no bairro da Achada, para se inteirar da situação dessas cooperativas.
Brandão Bull da Malta pediu, por isso, maior engajamento do titular da pasta para melhorar as condições de vida dos combatentes e atribuir-lhes a dignidade que merecem.
“Não é possível que até agora os combatentes não tenham a dignidade que merecem, chegou o momento de o governo virar a sua atenção para os combatentes da liberdade da pátria”, vincou Bull da Malta.
Em reação, o Secretário de Estado dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Augusto Nhaga, prometeu que “trabalhará duro” para apresentar propostas junto do governo de Nuno Gomes Nabian para que este possa autorizar a recuperação das cooperativas dos combatentes da liberdade de pátria, em estado avançado de degradação.
Aos jornalistas, Augusto Nhaga diz acreditar que desta vez existe uma oportunidade para os combatentes da liberdade da pátria, porque “as atuais autoridades políticas já estão sensibilizadas sobre os assuntos dos combatentes e que muitos deles já passaram por lá como funcionários”.
Augusto Nhaga defendeu que é preciso trabalhar para o bem-estar dos combatentes, dada a sua contribuição na luta de libertação nacional, tendo sublinhado que estará aberto, assim que for solicitado, a fornecer ao governo todos os dados necessários relativamente à situação que constatou no terreno durante a visita e sobre os antigos combatentes.
“Os combatentes da liberdade da pátria já não têm condições físicas para trabalhar, e se as cooperativas forem recuperadas e voltarem a funcionar normalmente, irão permitir que seus os filhos sejam integrados nelas e evitar que caiam na delinquência, gratuitamente”, assinalou.
O governante frisou que o resultado da visita aumentou o nível da responsabilidade que terá que enfrentar, de agora em diante, na resolução dos problemas dos combatentes e que a mesma permitir-lhe-á fazer uma radiografia da situação dos combatentes da liberdade da pátria de há um tempo a esta parte.
Por: Carolina Djemé
Foto:C.D
14/07/2020
Jornal Odemocrata
Porque a criação de uma "COMISSÃO INSTALADORA” de mais uma ASSOCIAÇÃO DOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA? Comissão de e/ou para servir quais "COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA"?
ResponderEliminarPorque a "ASSOCIAÇÃO DOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA", genuína, autêntica e verdadeira, já existe, e existe já há muitos anos.
Por isso esta pergunta. O que está na base desta tentativa de multiplicação de associações, tangente à vida dos nossos conterrâneos com este estatuto cívico-social?
Resposta: uma tentativa e manobra da banalização deste estatuto, da pessoa dos nossos concidadãos constituindo este grupo e, do próprio ato da criação e do posterior existência, preservação e perpetuação de uma pessoa jurídica representadora dos interesses e do legado da gente deste referido grupo.
Por isso, vai aqui uma nota de roda pé, À ATENÇÃO DO MEU CAMARADA DE LUTA nas matas de Cantanhez/Cubucaré (em Ponta-Nobo [1964] e mais tarde, em Catchamba [1967-1969]), BRANDÃO BUL DA MATA:
“UMA NAÇÃO QUE SE CONSTRÓI NÃO PODE SER DIVIDIDA EM CERTAS MATÉRIAS CONCERNENTES A REALIZAÇÃO DA VIDA DO SEU POVO”.
E, se há uma destas matérias, sobre a qual, a nossa atual República da Guiné-Bissau não pode ser divida, porque sendo uma das mais fundamentais, é esta. A matéria do ESTATUTO, da PESSOA e da CRIAÇÃO DE UMA PESSOA JURÍDICA REPRESENTADORA DOS INTERESSES E Do LEGADO DOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA;
DOS COMBATENTES DA LIBERDADE DA PÁTRIA, dos nossos dois países, tendo ternado, nos anos de 1973 e 1975, respetivamente, Repúblicas da Guiné-Bissau e de Cabo Verde. Estas nossas duas nações não podem ser divididas nesta matéria, neste assunto.
Obrigado.
Que reine o bom senso.
Amizade.
A. Keita