Bissau, 28 mai 20 (ANG) – O Presidente da Associação de Consumidores, Bens e Serviços(Acobes), acusa os governantes do país, de priorizarem mais aspetos políticos do que sociais.
Segundo ele, havia toda a necessidade de se criar condições para o isolamento, em termos de infraestruturas hospitalares, o que infelizmente não se verificou.
Em entrevista exclusiva esta quinta-feira à ANG, Bambó Sanhá considerou de “grave” o comportamento dos políticos em relação à primeira vaga de isolamento, em casa, feito pelos primeiros infetados com o novo coronavírus, acrescentando que o governo tem a obrigatoriedade de salvar a vida da população.
Pede ao governo deligências juntos dos parceiros nacionais e internacionais no sentido de proteger os cidadãos e estancar a pandemia, sustentando que a população tem o direito ao consumo.
“É de louvar a distribuição de produtos da primeira necessidade que está a ser feita pelo governo , mas, para mim, não é suficiente porque continuamos a ter populações mais carenciadas que ainda não beneficiaram do género. Por isso, o governo deve reforçar as deligências para fazer chegar produtos de desinfecção e alimentícios às tabancas mais longínquas”, disse Bambó Sanhá.
Afirmou que a medida de prevenção é “muito fundamental” porque o país é vulnerável e frágil, sem infraestruturas sanitárias, sem materiais médicos, e recursos humanos suficientes, para poder controlar esta pandemia, tal como se verifica noutras partes do mundo.
“Esperamos que o governo reforce as suas medidas para poder, de fato, ajudar essa pobre população. Sabemos que mesmos os nossos dirigentes e o governo, em particular, não têm condições financeiras para atenuar esta doença, por isso a medida de prevenção é importante”, frisou.
Aquele responsável pediu a população a encarar a doença como uma realidade no país, pede a população para usar máscara e cumprir a medida de distanciamento nos lugares públicos, sobretudo nos mercados, bancos, entre outros, para se proteger do coronavírus.
Acrescentou que as pessoas devem acatar o conselho dos técnicos de saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em relação a retoma dos transportes urbano nomeadamente toca-tocas e táxis, Sanhá lamentou que o estado de emergência tenha reduzido muitos direitos aos cidadãos, mas que é compreensível porque o país não está numa situação normal.
Sublinhou que as vidas têm que ser protegidas mas que a economia também tem que ser defendida.
“Esses dois aspectos são fundamentais para a existência dos seres humanos, por isso, entendemos que a limitação da lotação nos transportes é aceitável porque os casos estão a subir drasticamente”, disse.
O presidente da ACOBES apela aos motoristas a se abdicarem de aumentar a tarifa aos utentes “porque o momento é crucial e de solidariedade” .
Disse que toda a luta deve ser contra a pandemia, e que espera que o desconfinamento seja de forma gradual, tal como decido pelo Governo.
ANG/DMG/ÂC//SG
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